PCP não vai mexer (para já) nos seus órgãos
Comité Central não decidiu ainda quem entrará para substituir Jerónimo de Sousa no Secretariado e na Comissão Política do partido ou quem ficará com as tarefas que Paulo Raimundo assegurava nesses órgãos.
A reunião do Comité Central, deste sábado, serviu para eleger o novo secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, que só não foi escolhido por unanimidade, porque decidiu não votar em si próprio. No entanto, o órgão máximo do partido entre congressos decidiu não mexer já na composição de outros órgãos da direção comunista.
Jerónimo de Sousa abandona, por motivos de saúde, o cargo de secretário-geral que ocupou durante 18 anos, mas deve sair também do Secretariado e da Comissão Política.
Além disso, Paulo Raimundo, ao ocupar o lugar de Jerónimo, deixará de ter disponibilidade para assegurar todas as tarefas que desempenhava no partido, nomeadamente no que toca à coordenação da zona norte.
Esta situação fazia com que fosse expectável que o Comité Central aproveitasse a reunião de sábado à noite para mexer na composição do Secretariado e da Comissão Política. Mas não foi isso que aconteceu.
Uma fonte do partido diz à SÁBADO que isso pode significar que o Comité Central quer fazer "uma reforma mais alargada" do órgão. Mas ainda é cedo para perceber como e quando isso poderá acontecer.
Uma coisa é certa: segundo os estatutos do partido, o Comité Central não só tem o poder de indicar a composição destes órgãos como pode mesmo cooptar membros sem precisar de um Congresso para o fazer.
Enquanto não é escolhido um nome para substituir Jerónimo de Sousa no Secretariado e na Comissão Política, é expectável que, esta semana, haja uma redistribuição das tarefas nestes dois órgãos.
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