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Ovar com 60 mil copos reutilizáveis para reduzir pegada ecológica no Carnaval

25 de fevereiro de 2019 às 09:57

A medida obriga agora cerca de 30 estabelecimentos de restauração temporária a disponibilizarem esse recipiente aos seus clientes em substituição dos copos plásticos de utilização única.

A organização do Carnaval de Ovar revelou esta segunda-feira estar já a distribuir os 60.000 copos reutilizáveis que serão obrigatórios nos bares temporários licenciados para os principais cinco dias da festa, para reduzir a sua pegada ecológica em 80%.

A medida foi anunciada em novembro de 2018 e obriga agora cerca de 30 estabelecimentos de restauração temporária - licenciados para funcionar no espaço público apenas entre a próxima sexta-feira e a chamada Terça-Feira Gorda (Carnaval) - a disponibilizarem esse recipiente aos seus clientes em substituição dos copos plásticos de utilização única.

"Isto permite-nos falar de um Carnaval efetivamente sustentável, porque vamos reduzir a pegada ambiental do evento em 80%", afirmou à Lusa o vereador Alexandre Rosas, que assume a coordenação geral do Entrudo.

Segundo o autarca, na edição de 2018 os bares instalados nas ruas e praças do centro histórico de Ovar usaram 100.000 copos plásticos descartáveis e "todos eles foram para o lixo mal ficaram vazios".

Este ano, o novo "ecocopo" está disponível com duas imagens gráficas - uma alusiva ao cartaz específico do Carnaval de 2019 e outra com o símbolo geral do evento - e a expectativa da organização é que "o consumidor utilize sempre o mesmo recipiente de cada vez que vai pedir nova bebida e que, no final, até possa levar o copo para casa, para ir colecionando os diferentes modelos".

Alexandre Rosas admite que haverá sempre alguns exemplares deixados para trás, mas acredita que, no final da festa, "só 400 a 500 copos ficarão abandonados".

Quanto ao custo dessa estratégia ambiental, a Câmara investiu 15.000 euros na aquisição dos 60.000 copos e cada um desses recipientes foi depois vendido aos empresários "ao preço de custo", de 25 cêntimos.

"Depois o bar pode fazer como quiser, mas cada 'ecocopo' deverá ser vendido ao público a 50 cêntimos", explicou o vereador.

Alexandre Rosas garante que a mudança está a ser bem acolhida, "de forma transversal" a toda a comunidade.

"Os elogios à iniciativa são unânimes porque as pessoas estão cada vez mais sensíveis a estas questões ambientais e os proprietários dos bares também veem nela uma nova oportunidade de negócio", concluiu.

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