Secções
Entrar

Miranda Sarmento: Margem para estímulos orçamentais está condicionada

Lusa 31 de outubro de 2024 às 11:05

O ministro das Finanças disse ainda continuar com confiança de que, com o programa e medidas do Governo, será possível "impulsionar a produtividade e a competitividade da economia portuguesa, aumentando o PIB potencial.

O ministro das Finanças assumiu esta quinta-feira que a margem disponível para estímulos orçamentais está "condicionada" pela necessidade de manter as contas públicas equilibradas, na abertura do segundo dia de debate sobre o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).

ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

"A margem disponível para estímulos orçamentais encontra-se condicionada pela necessidade imperiosa de manter as contas equilibradas e a dívida pública numa trajetória descendente, fatores que são determinantes não só para reforçar a resiliência da economia portuguesa a choques adversos, mas também para que a estratégia de crescimento seja robusta e sustentável", reiterou hoje Joaquim Miranda Sarmento, no debate na generalidade sobre a proposta de OE2025.

O ministro disse ainda continuar com confiança de que, com o programa e medidas do Governo, será possível "impulsionar a produtividade e a competitividade da economia portuguesa, aumentando o PIB potencial, visando um crescimento económico mais robusto, superior a 3% ao ano, no final da legislatura", fazendo referência ao valor inscrito no programa eleitoral, abaixo do referido no plano de médio prazo enviado a Bruxelas.

O deputado socialista António Mendonça Mendes questionou o ministro sobre esta "contradição" nos números do crescimento, bem como sobre a necessidade de ter investimento público após o fim do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), ao que Miranda Sarmento respondeu que o PS "só quer discutir 2027 e 2028, já desistiu de discutir 2025".

Miranda Sarmento salientou que "para 2025 já há entidades como o FMI e CFP a projetar níveis de crescimento próximos do programa eleitoral da Aliança Democrática", reforçando também que já explicou como funciona a metodologia da União Europeia.

Já sobre o investimento pós-PRR, destacou que "para 2027 e 2028, o programa orçamental europeu tem excedentes bastante elevados que dão margem orçamental para reforçar o investimento e substituir o PRR".

"Mesmo com crescimento baixo, a projeção orçamental é bastante significativa", reiterou.

Em resposta a questões de Mariana Leitão, da IL, e Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, sobre os impostos sobre as empresas, o ministro apontou que o Governo "pretende continuar a baixar a taxa de IRC", salientando que "quando a taxa marginal é muito elevada", uma descida tem um impacto elevado.

Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela