Ministério Público abre averiguação preventiva a Pedro Nuno Santos
Em causa estão suspeitas sobre a aquisição de dois imóveis, um em Lisboa e outro em Montemor-o-Novo, que, como a SÁBADO avançou, foram pagos sem o socialista ter declarado a origem do dinheiro.
A Procuradoria-Geral da República abriu uma averiguação preventiva a Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, na sequência de uma notícia avançada pelaSÁBADO. Está em causa a aquisição de dois imóveis, um em Lisboa e outro em Montemor-o-Novo, segundo o jornalObservador.
"Na sequência de receção de denúncias e tendo em vista a recolha de elementos, o Ministério Público determinou a abertura de averiguação preventiva, a qual corre termos no DCIAP [Departamento Central de Investigação e Ação Penal]. Estas ações de prevenção encontram-se previstas na Lei 36/94, de 29 de setembro", lê-se na resposta de fonte oficial da Procuradoria-Geral da República (PGR) à SÁBADO.
A averiguação preventiva não corresponde a um inquérito criminal. Significa a abertura de um processo no qual as autoridades vão investigar informações públicas e bases de dados de acesso livre (como notícias, declarações prediais, registos no Tribunal Constitucional, etc.) para perceber se existe motivo para abrir um inquérito.
Em 2023 a SÁBADO avançou que entre dezembro de 2018 e abril de 2019 o socialista pagou uma dívida de 450 mil euros ao banco, sem ter declarado como o fez. O desaparecimento da dívida de €450 mil obrigaria Pedro Nuno Santos a apresentar uma declaração de atualização, o que não consta no seu dossier do Tribunal Constitucional. Questionado pela SÁBADO disse que o crédito tinha sido amortizado com a ajuda do pai. Mais tarde retificou a informação, dizendo que o crédito foi amortizado com o valor proveniente da venda da primeira casa (e deixou de referir a ajuda do pai).
Já em fevereiro de 2022 adquiriu um imóvel em Montemor-o-Novo por 570 mil euros, sendo que o terreno total tem cerca de 2,2 hectares.
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