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Marques Mendes destaca "sentido de responsabilidade" de Governo e PS na aprovação do orçamento

Lusa 27 de novembro de 2025 às 17:03

Luís Marques Mendes considerou que no ano passado a aprovação do orçamento "foi um drama completo" e "uma novela de muito pouca qualidade".

O candidato presidencial Luís Marques Mendes considerou esta quinta-feira que o Governo e o PS "deram um exemplo de sentido de responsabilidade" com a aprovação do Orçamento do Estado para 2026 e disse esperar que se repita no futuro.
Marques Mendes orgulhoso do percurso político e de ser independente David Cabral Santos/MediaLivre
"É uma notícia previsível, mas é uma boa notícia", afirmou o candidato a Presidente da República, intervindo num almoço-debate promovido pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP), que decorreu num hotel em Lisboa. Luís Marques Mendes considerou que no ano passado a aprovação do orçamento "foi um drama completo" e "uma novela de muito pouca qualidade", que "acabou bem, mas podia ter acabado mal". Por isso, a aprovação do Orçamento do Estado para 2026 "é uma notícia que deve justificar uma palavra muito convicta de saudação" ao Governo, que é "o responsável pela elaboração" do documento, mas também ao PS, que foi "o partido responsável pela sua viabilização". "Acho que ambos, Governo e PS, deram um exemplo de sentido de responsabilidade, sentido de Estado, e nesse plano é um bom contributo para a melhoria da qualidade da nossa democracia. Espero e desejo que o exemplo desta quinta-feira possa multiplicar-se e possa aprofundar-se nos próximos anos e com os próximos Orçamentos. Este é que é o caminho", salientou. Luís Marques Mendes, antigo ministro e líder do PSD, defendeu que "Presidente da República, Governo, partidos de oposição" devem "fazer tudo para cumprir a Constituição também nesta parte, e o que a Constituição diz é que os mandatos devem ser de quatro anos". "É tempo de devolver ao país a normalidade, a serenidade, a autenticidade, a estabilidade", indicou. Na sua intervenção, Marques Mendes afirmou que a sua "principal missão" caso seja eleito nas eleições presidenciais do início do próximo ano será ajudar a garantir a estabilidade e tentar evitar crises políticas. "Isto faz-se estando atento para evitar moções de censura, moções de confiança e, sobretudo, mais importante, levar partidos e governo a negociarem os orçamentos de Estado", indicou, considerando que "é absolutamente normal em qualquer país da Europa" e deve ser prática em Portugal, "porque é saudável". "Se o governo é minoritário, então as questões têm que ser negociadas, o diálogo político tem que existir, e o Presidente da República será, de facto, muito atento e interventivo nessa matéria", referiu. O candidato e antigo líder do PSD defendeu que "é preciso tomar a iniciativa para evitar crises", porque se assim não for "no final a solução é sempre a mesma, que é a bomba atómica". "Quem quer usar a bomba atómica não faz nada antes. Quem quer evitar a bomba atómica tenta evitar a crise política. Tenho suficiente experiência para saber que isso é possível, é necessário, é desejável", salientou. Luís Marques Mendes alertou que as crises políticas têm efeitos no plano económico, porque "o investimento sofre", e também no plano social, uma vez que "os setores mais frágeis e vulneráveis" são "os mais esquecidos, os mais marginalizados e os mais discriminados" nestas situações. A proposta de lei de Orçamento do Estado para 2026 foi hoje aprovada em votação final global com votos a favor dos dois partidos que apoiam o Governo, PSD e CDS-PP, e com a abstenção do PS. Os restantes partidos (Chega, IL, Livre, PCP, BE, PAN e JPP) votaram contra.
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