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Marcelo 'afasta-se' do encontro entre Pompeo e Netanyahu

05 de dezembro de 2019 às 15:33

Marcelo Rebelo de Sousa garantiu que o encontro, em Lisboa, entre o secretário de estado dos EUA e o primeiro ministro israelita "é uma realidade que não passa ao nível do chefe de estado [português]".

Marcelo Rebelo de Sousagarantiu esta quinta-feira que o encontro, em Lisboa, entre o secretário de estado dos Estados Unidos e o primeiro ministro israelita "é uma realidade que não passa ao nível do chefe de estado [português]".

"Foi um encontro entre políticos desses dois países que escolheram o território português para se reunirem", analisou o Presidente da República, à margem de uma visita a uma escola de Vila do Conde, no distrito do Porto.

Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que "não é a primeira vez que líderes de outros países escolhem Portugal para se reunirem", fazendo um paralelismo entre este encontro de Mike Pompeo e Benjamin Netanyahu, com outros que aconteceram no passado.

"Nos tempo da ditadura, era o presidente do Conselho de Ministros Marcelo Caetano, houve um encontro, nos Açores, entre o presidente americano Nixon, e o presidente francês Pompidou. Queriam tratar questões entre eles, que não tinham que ver com Portugal, mas escolheram o nosso país como local. É o que provavelmente acontece agora", vincou o Presidente da República.

Sobre os contactos entre o governo português e os homólogos norte-americanos e israelitas, decorrentes desse encontro, Marcelo Rebelo de Sousa disse "ainda não ter informações".

"Estou aqui no Norte e a realidade acontece em Lisboa. Saberei o que se passou, na próxima semana, na audiência com o primeiro-ministro. Como não tenho conhecimento do que se está a passar, não me vou prenunciar", vincou.

Marcelo Rebelo de Sousa frisou, ainda assim, uma distinção entre esta reunião em Lisboa entre Pompeu e Netanyahu, e uma outra sucedida em 2003, na Base das Lajes, no Açores, com George W. Bush, presidente dos Estados Unidos, Tony Blair, primeiro-ministro do Reino Unido, José Maria Aznar, líder do governo espanhol, e Durão Barroso, então primeiro-ministro português, que despoletou uma intervenção militar no Iraque.

"Dei o exemplo do encontro entre Nixon e Pompidou, no Açores, porque Portugal não esteve envolvido, que é parecido com o que aconteceu agora. Nessa Cimeira das Lajes, foi diferente, o nosso país esteve envolvido, querendo alinhar com os estrangeiros", recuperou o Presidente da República.

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