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Mais uma aldeia evacuada em Monchique

05 de agosto de 2018 às 17:19

Incêndio lavra na serra desde sexta-feira, dia 3 de Agosto. Continua com duas frentes preocupantes.

A aldeia de Portela do Vento, Monchique, foi hoje evacuada por motivos de segurança devido ao avanço do incêndio de Monchique. Segundo oCorreio da Manhã, as chamas podem atingir o local durante a tarde.

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Foto: Cofina Media
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O incêndio em Monchique lavra desde sexta-feira e teve origem na Pedra da Negra. Portela do Vento é a terceira aldeia a ser evacuada devido a este fogo. Seguiu-se a Foz do Carvalhoso, Taipas e Moitinhas, que como medida de prevenção, no sábado à noite foi evacuada, tendo os cerca de 20 moradores passado a noite no centro sociocultural de Saboia.

O incêndio que deflagrou há 48 horas em Monchique conta com duas frentes preocupantes, uma delas em direcção à vila algarvia e sem acesso para meios de combate, disse fonte da Protecção Civil.

"Há uma frente virada a sul, em direcção à vila de Monchique, que está sem acessos a meios de combate, quer aéreos, quer terrestres, e outra frente, mais a este, que acompanha a EN266 e que, na sua vertente mais a norte, pode evoluir no sentido de Nave Redonda", disse o Comandante Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro, Vaz Pinto, durante um ponto de situação, feito um pouco depois das 13:00.

As forças de combate ao "complexo" incêndio, que já obrigou à deslocação de mais de 100 pessoas em 15 lugares dos concelhos de Monchique e Odemira, vão ser reforçadas ao início da noite com mais 16 máquinas de rasto.

De acordo com o comandante operacional, o incêndio encontra-se activo com duas frentes, sendo que 30% do perímetro se encontra "dominado e em acções de consolidação, extinção e vigilância activa" e os restantes 70% representam as principais "preocupações".

"Apesar de, nesta noite, todos os esforços terem sido feitos, existe ainda alguma preocupação nesta frente este, que se encontra ainda bastante vulnerável", frisou Vaz Pinto sobre a frente que evolui no sentido de Nave Redonda.

Quanto à frente que se desloca no sentido da vila de Monchique, o combate aéreo é dificultado pelas temperaturas elevadas pelo fumo e o combate no terreno pela inexistência de acessos, apesar do trabalho das máquinas de rasto.

"Eu nunca vos escondi que este incêndio é um incêndio de elevada perigosidade e que todas as acções têm de ser muito bem pensadas. Existe, de facto, esse risco que está a referir, como existem outros", sustentou o comandante operacional, após ser questionado sobre o risco de o fogo se aproximar da vila.

O perímetro de área ardida, que no sábado estava estimado em 1.000 hectares, aumentou "de forma muito considerável", sublinhou Vaz Pinto, sem adiantar um número concreto.

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