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Mais de 8.500 docentes sobem de escalão em 2023, ano com mais progressões

Lusa 22 de dezembro de 2023 às 17:40

Nestes números estão todos os professores que, por avaliação de mérito, ficaram dispensados da existência de vaga, mas também os que tiveram a sua carreira congelada durante a Troika e para os quais foram agora criadas vagas adicionais.

Mais de 8.500 professores transitaram para o 5.º e 7.º escalões da carreira, através do acelerador das carreiras que permite progredir com dispensa de vaga, anunciou esta sexta-feira a tutela, apontando 2023 como o ano com mais progressões.

Mário Cruz/Lusa

A lista definitiva dos docentes que transitam para os 5.º e 7.º escalões foi hoje publicada e mostra que "2023 é o ano em que um maior número de docentes transitam de escalão", segundo uma contagem feita pelo Ministério da Educação, que indica que 4.941 docentes chegaram ao 5.º escalão e outros 3.620 ao 7.º (a carreira docente tem 10 escalões).

Nestes números estão todos os professores que, por avaliação de mérito, ficaram dispensados da existência de vaga, mas também os que tiveram a sua carreira congelada durante a Troika e para os quais foram agora criadas vagas adicionais.

"Em 2023, com o mecanismo de aceleração de progressão na carreira, 92,37% docentes obtiveram vaga para acesso ao 5.º escalão e 96,87% docentes obtiveram vaga para acesso ao 7.º escalão", refere a tutela em comunicado enviado para as redações.

Em declarações à Lusa, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, acusou o ministério de "humor cínico", uma vez que esquece os que ficam retidos assim como o tempo já perdido pelos docentes que agora sobem de escalão.

Segundo contas de Mário Nogueira, "há um número significativo de cerca de dois mil professores que vão ficar retidos" no 4.º e no 6.º escalões por falta de vaga.

No caso dos que progrediram, "as pessoas também vão perder tempo, porque já tinham reunido os requisitos todos em 2022 mas só entraram em 2023. Ou seja, um professor que em janeiro de 2022 estivesse em condições de subir de escalão perdeu quase um ano", criticou, lembrando que a este "tempo perdido" é preciso somar ainda os "seis anos, seis meses e 23 dias" de serviço congelado que os docentes continuam a dizer que não irão abdicar.

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