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Lisboa é a partir deste sábado a Capital Verde da Europa

11 de janeiro de 2020 às 08:32

O galardão tem distinguido cidades europeias que "são referência sempre que se fala de sustentabilidade e ambiente", como Copenhaga, Estocolmo e Oslo.

Lisboa recebe hoje oficialmente o ‘testemunho’ de Oslo para ser a Capital Verde Europeia 2020, desenvolvendo ao longo do ano uma programação que inclui a plantação de 20 mil árvores, exposições e conferências.

A cerimónia de abertura incluirá a passagem de testemunho de Oslo (Noruega) para Lisboa e um ‘flash mob’.

O momento vai contar com as presenças do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, do primeiro-ministro, António Costa, e do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina.

Das várias iniciativas que fazem parte da programação de Lisboa Capital Verde Europeia 2020, a câmara destaca a exposição "O mar como nunca o sentiu", da autoria da artista portuguesa Maya, que pode ser visitada no Oceanário de Lisboa, no Parque das Nações, com um custo de 19 euros.

A exposição apresenta "imagens filmadas exclusivamente em Portugal e transmite uma mensagem profunda sobre a ligação ancestral do Homem com o Mar", referiu a câmara, em comunicado.

No domingo serão plantadas um total de 20.000 árvores: 4.000 em Rio Seco (Ajuda), 6.000 no parque do Vale da Ameixoeira (Santa Clara), 9.000 no parque do Vale da Montanha (Areeiro/Marvila) e 1.000 no corredor verde de Monsanto.

O objetivo da autarquia é ter mais 100 mil árvores na cidade até 2021, em relação às 800 mil existentes atualmente.

Segundo o vereador da Câmara Municipal de Lisboa responsável pelos pelouros do Ambiente, Estrutura Verde, Clima e Energia, José Sá Fernandes, a atribuição da distinção é "um reconhecimento do trabalho que tem sido feito", mas também pelos compromissos que a autarquia de Lisboa tem para o futuro.

O galardão tem distinguido cidades europeias que "são referência sempre que se fala de sustentabilidade e ambiente", como Copenhaga, Estocolmo e Oslo.

As áreas verdes, a água e as energias renováveis foram eleitas pelo autarca como os três elementos em que "o caminho é ambicioso", mas credível.

Ao assumir-se como capital verde, Lisboa assume também compromissos como ser uma cidade europeia de referência ao nível da mobilidade em 2030 e atingir a neutralidade carbónica até 2050, segundo o vereador Sá Fernandes.

A autarquia anunciou que pretende atingir até então metas como a redução das viagens em automóvel de 57% para 33%, a diminuição de 60% das emissões de dióxido de carbono e a obtenção de uma potência fotovoltaica instalada de 100 megawatts.

A capital portuguesa, que viu a produção de lixo aumentar significativamente com o crescimento turístico, está também, entre outras medidas, a criar um sistema para rega e lavagem das ruas com água reutilizada e a planear que, até ao final do próximo ano, mais de 90% dos moradores tenham a menos de 300 metros de casa um espaço verde com pelo menos dois mil metros quadrados.

O município associa também a inauguração de algumas obras, como o parque verde da Praça de Espanha, à Capital Verde Europeia 2020.

No mês de abril, está prevista a inauguração do Museu da Reciclagem (ReMuseu), em Alcântara, assim como a realização da conferência "Urban Future Global Conference" entre os dias 01 e 03.

Ao longo do ano, estão previstas um conjunto de conferências, iniciativas com escolas e universidades, espetáculos, exposições e festivais sobre o tema da sustentabilidade ambiental.

O programa está disponível no portal lisboagreencapital2020.com.

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