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Instrutor de surf condenado a 16 anos de prisão por matar colega

09 de janeiro de 2020 às 11:54

Os dois homens trocaram palavras, agrediram-se mutuamente e, a dada altura, o arguido esfaqueou a vítima no peito, descreve a acusação.

O Tribunal de Loures condenou hoje a 16 anos de prisão um instrutor desurfpelo homicídio de um colega de trabalho em julho de 2018, nas arribas de uma praia do concelho daLourinhã.

O coletivo de juízes deu como provados os factos descritos na acusação, tendo também condenado o arguido ao pagamento de uma indemnização de 200 mil euros, disse à agência Lusa fonte judicial.

Nas alegações finais, o Ministério Público tinha pedido uma pena de 17 anos, enquanto o assistente, que representa a família da vítima, 20 anos e a defesa do arguido uma pena inferior a 16 anos, por defender que não houve premeditação do crime e, nesse sentido, deveria ser considerado homicídio simples e não qualificado.

O advogado de defesa do arguido, Jorge Gabriel Martins, disse à Lusa que vai recorrer da decisão.

O arguido, de 31 anos, e a vítima eram ambos instrutores de surf, conheciam-se há oito anos, mas encontravam-se desavindos, tendo já existido agressões entre ambos, refere a acusação do Ministério Público (MP), a que a agência Lusa teve acesso.

Em 10 de julho de 2018, ambos combinaram por telefone encontrar-se no parque de estacionamento da praia de Paimogo ao fim da tarde desse dia.

Chegados ao local, o arguido saiu do automóvel empunhando uma faca e dirigiu-se ao veículo da vítima, que se encontrava com um amigo.

Depois, trocaram palavras, agrediram-se mutuamente e, a dada altura, o arguido esfaqueou a vítima no peito, descreve a acusação.

A vítima fugiu, mas, enquanto era perseguida, acabou por cair. O arguido transportou-o à urgência de Peniche do Centro Hospitalar do Oeste, mas as manobras de reanimação não impediram a sua morte.

Um amigo da vítima assistiu ao crime e fez queixa à GNR, que encontrou a faca abandonada nas arribas.

O homicida foi detido quando se encontrava no hospital.

O arguido esteve em prisão preventiva até 20 de novembro de 2018 e, desde essa data, encontrava-se em prisão domiciliária a aguardar julgamento.

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