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Impostos afastam (ainda mais) Catarina Martins e Assunção Cristas

03 de setembro de 2019 às 23:29

Líderes do Bloco de Esquerda e do CDS protagonizaram um frente-a-frente eleitoral em que nunca estiveram de acordo.

Catarina Martins, do Bloco de Esquerda (BE), eAssunção Cristas, do CDS, estão em lados políticos opostos, e protagonizaram, esta terça-feira, um frente-a-frente eleitoral em que nunca estiveram de acordo, muito menos na política fiscal e nos impostos.

Num debate de pouco mais de 30 minutos naRTP3, Catarina Martins apontou ao "aumento brutal de impostos" que o ex-ministro das Finanças Carlos Gaspar, do anterior Governo PSD/CDS, ao que Assunção Cristas respondeu que o atual executivo, apoiado pelo BE, é "culpado" da "maior carga fiscal de sempre" no país.

O tom da conversa, moderada pelo jornalista António José Teixeira, foi cordato, mas uma e outra preparou argumentos para responder, a partir dos programas eleitorais, reconhecendo, ambas, que "não há muitos pontos de contacto" entre as duas formações que lideram, uma à esquerda, outra à direita.

No programa eleitoral doBE, Cristas - tal como Catarina, quase sempre sorridente - afirmou ver um "aumento da carga fiscal" e até o fim de isenções fiscais justas para, por exemplo, casais que trocam de casa e passariam a ter de pagar mais valias, ao contrário do que acontece agora.

Catarina Martins aconselhou a sua adversária a "ler melhor" o que os bloquistas propõem, e recordou, sem se referir diretamente ao Governo minoritário do PS que o BE apoiou, que nos últimos quatro anos foi necessário "desfazer o 'enorme aumento de impostos'" do anterior executivo de direita.

"Não sei que famílias a dra. Assunção Cristas conhece, mas as que eu conheço estão a pagar menos impostos", e "quem ganha dinheiro do seu salário, não o põe em 'offshore'", atirou a líder bloquista, para quem oCDSdefende uma "economia de 'offshore'"

Ao que Cristas ripostou com o argumento de que não é possível comparar os "tempos de excecionalidade" do Governo PSD/CDS, sob intervenção da "troika", com os tempos atuais.

"O aumento de impostos de Vítor Gaspar foi revogado pela carga fiscal máxima de Mário Centeno, do seu governo, do governo que o Bloco de Esquerda apoia", disse.

Ao longo de mais de 30 minutos, as lideres do CDS e do BE estiveram de acordo, em questões de principio, como o ambiente, alterações climáticas ou a igualdade de género, mas divergiram logo a seguir quanto às propostas que defendem.

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