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Hospital Garcia de Orta tem 100% das camas covid ocupadas

Leonor Riso 16 de janeiro de 2021 às 19:12

A manter-se, a situação coloca o hospital "em cenário de pré-catástrofe", indica a administração em comunicado. O hospital regista 169 internados por covid-19.


O Hospital Garcia de Orta, em Almada, tem todas as camas destinadas a doentes covid-19 ocupadas. A informação foi prestada pela unidade de saúde via comunicado enviado às redações. A manter-se, a situação coloca o hospital "em cenário de pré-catástrofe". 

O hospital regista 169 internados por covid-19: 148 em enfermaria e 18 doentes em Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), bem como 3 doentes internados em Unidade de Hospitalização Domiciliária (UHD).

"Hoje, dia 16 de janeiro de 2021, e em enfermaria, o hospital volta a registar um crescimento dos doentes internados positivos para a infeção por SARS-COV-2 e a ajustar a lotação afeta à COVID-19, de modo a acomodar a necessidade do número de doentes internados positivos por infeção por SARS-COV-2", lê-se na nota. "Mantém-se a enorme pressão assistencial, devido à elevada procura de doentes Covid e doentes não Covid e que dura há mais de 10 semanas, tendo o hospital de recorrer a transferências para outros hospitais do país."

O Garcia de Orta encontra-se no nível 3 do plano de contingência, com uma taxa de ocupação superior a 250% relativamente a esse plano, "nomeadamente de 66 camas em enfermaria e 9 de cuidados intensivos, destinadas a doentes positivos para SARS-CoV-2". 

Para responder à "enorme pressão assistencial" camas de enfermaria cirúrgicas foram transformadas em camas médicas. "Mas as conversões de camas, necessárias no HGO, abrangem também as áreas médicas. No total, e só na última semana, o total de camas reafectadas no Hospital foi de 35."

Os profissionais de saúde estão exaustos mas prestam o seu "elevado esforço e dedicação". "A falta de recursos humanos clínicos, sobretudo especializados, derivada de uma escassez dos mesmos, a que se juntam as elevadas taxas de absentismo, por isolamento ou doença assumem, neste momento, um constrangimento com impacto na atividade do Hospital", admite a unidade de saúde. 

No final de janeiro, o Garcia de Orta pretende "expandir a Área Dedicada ao Atendimento de Doentes Respiratórios (ADR) do Serviço de Urgência Geral". 

"Na Região de Lisboa de Vale do Tejo, o HGO tem sido um dos hospitais com maior volume de doentes infetados por SARS-COV-2, internados em enfermaria", indica a nota. Para adaptar a resposta, foram criados seis quartos individuais de pressão negativa no serviço de medicina intensiva; foram aumentados os recursos humanos da UCI; fizeram-se obras de melhoria; a Unidade de Cirurgia de Ambulatório do HGO foi temporariamente transformada em UCI, para dar resposta aos doentes infetados pelo SARS-Cov-2; e serão contratadas salas cirúrgicas fora do hospital para responder às listas de espera durante o mês de janeiro. 

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