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Há 50 anos deu-se o segundo maior sismo em Portugal

28 de fevereiro de 2019 às 11:29

A 28 de fevereiro de 1969, a terra tremeu. Um sismo de magnitude 7,3 na escala de Richter acordou milhares e matou 13 pessoas.

Ainda se lembra do grande sismo de 1969 em Portugal? Esta quinta-feira, assinalam-se 50 anos do acontecimento. No dia 28 de fevereiro de 1969, a terra tremeu durante a madrugada e quem dormia, acordou e fugiu para a rua "em trajos menores", assinalou o jornal República.

O epicentro localizou-se 180 quilómetros a sudoeste de Sagres, mas o abalo chegou a ser sentido no norte do País. Também se sentiu na Madeira, em Espanha, Marrocos e França e chegou a provocar um tsunami.

Pelo menos 13 pessoas morreram, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Em Marrocos, também se registaram óbitos.   

Os estragos verificaram-se sobretudo no Algarve, principalmente nas localidades de Vila do Bispo, Bensafrim, Portimão e Castro Marim. 

O terramoto gerou alarme e pânico entre a população, cortes nas telecomunicações e no fornecimento de energia elétrica. 

Entre 28 de fevereiro e 24 de março, registaram-se 47 réplicas. A maior aconteceu na mesma noite do sismo, às 5h28.

50 anos depois, há várias instituições científicas portuguesas que lançaram um inquérito nacional 'online' para recolher os depoimentos de populares que testemunharam o grande sismo que na madrugada de 28 de fevereiro de 1969 afetou Portugal, sobretudo na zona do Algarve.

O projeto é desenvolvido pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), pelo Instituto Superior Técnico, pela Faculdade de Ciências e pelo laboratório associado Instituto Dom Luiz.

Numa nota conjunta, as quatro entidades salientam que "o sismo ocorreu numa época em que a instrumentação sísmica não estava ainda suficientemente desenvolvida, sendo fundamental complementar os poucos registos instrumentais de então com os testemunhos da população afetada". 

"Por motivos facilmente compreensíveis, não haverá no futuro outra ocasião com este significado e com real possibilidade de se salvaguardar esta memória", sublinham, assegurando que os dados serão utilizados em trabalhos de investigação que ajudarão a caracterizar melhor a perigosidade sísmica de Portugal e a preparar melhor para eventuais sismos no futuro. 

As instituições lançam ainda um desafio à comunidade escolar para participar no preenchimento do inquérito, apelando aos alunos que perguntem aos familiares e registem os seus testemunhos no inquérito.

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