Secções
Entrar

Governo destaca "evolução sustentada" na queda do desemprego mas quer mais

21 de agosto de 2018 às 14:52

O secretário de Estado do Emprego salientou que esta é uma "tendência que se tem vindo a consolidar em termos da evolução da economia e do mercado de trabalho".

O Governo considerou esta terça-feira que os dados que reflectem uma redução do desemprego e uma melhoria no emprego representam uma "evolução sustentada" do mercado de trabalho, mas assegurou "reforçar" a aposta na estratégia.

1 de 3

Reagindo aos dados hoje divulgados, de que o número de desempregados registados nos centros de emprego baixou 20,6% em Julho face ao mesmo período de 2017 para 330.587, renovando mínimos dos últimos 16 anos, o secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, salienta, em comunicado, que esta "é uma evolução sustentada e é a tradução visível de uma estratégia política".

"Esta é uma tendência que se tem vindo a consolidar em termos da evolução da economia e do mercado de trabalho porque desde o início da legislatura foram já criados mais de 300 mil postos de trabalho em todos os sectores com algum dinamismo salarial já observado", vinca o governante, sublinhando que "o desemprego tem diminuído à custa da criação de emprego".

Ainda assim, "enquanto houver pessoas desempregadas, vamos reforçar a nossa prioridade que demos desde o princípio ao emprego, em particular aos grupos mais expostos a esse fenómeno", assegura Miguel Cabrita.

De acordo com dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), o total de desempregados registados em Julho no país foi inferior ao do mesmo mês de 2017, havendo menos 85,7 mil inscrições, o equivalente a uma descida de 20,6%.

A mesma tendência registou-se em termos mensais, com o número de desempregados inscritos a baixar 0,5%, o equivalente a menos 1,8 mil registos.

A contribuir para a redução, em termos homólogos, está a diminuição dos homens desempregados (-43.362), dos adultos com idade igual ou superior a 25 anos (-72.340), dos inscritos há um ano ou mais (-51.175), dos que procuravam um novo emprego (-73.500) e ainda dos que têm o ensino básico (-19.916) e o ensino secundário (-18.750), de acordo com o IEFP.

Acresce que o número de jovens desempregados em Julho (31,1 mil) equivalia ao número mais baixo em pelo menos quase 30 anos, enquanto o dos desempregados de longa duração (160,5 mil) representava o mais baixo desde o início de 2009.

Na nota, Miguel Cabrita assinala que estes são "grupos com particulares dificuldades de inserção no mercado de trabalho", pelo que os dados que demonstravam a redução "são relevantes".

Ainda de acordo com os dados do IEFP, verificaram-se em Julho 497.211 pedidos de emprego (menos 16,2% em termos homólogos) e 20.006 ofertas de emprego (menos 17,8% relativamente ao mesmo mês de 2017).

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela