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GNR identifica dono do restaurante onde estiveram 170 apoiantes de Ventura

Diogo Barreto 18 de janeiro de 2021 às 13:37

A GNR informou o Ministério Público sobre a presença de 170 pessoas num jantar comício de apoio ao candidato à Presidência.

A Guarda Nacional Republicana confirmou esta segunda-feira a realização de um jantar comício em Braga da candidatura de André Ventura à Presidência da República em que estiveram presentes cerca de 170 pessoas, apesar do confinamento decretado devido à pandemia. Como foram servidas refeições no espaço, o proprietário do mesmo foi identificado pela GNR. 

De acordo com a força militar, o evento foi acompanhado pela guarda apesar de ser permitido aos olhos da lei, de acordo com o Decreto n.º 3-A/2021, de 14 de janeiro, da Presidência do Conselho de Ministros que define que não está proibida a "realização de celebrações e outros eventos" desde que enquadrados "no âmbito da campanha eleitoral e da eleição do Presidente da República".

No entanto, o mesmo artigo refere que os participantes usar máscara ou viseira e vídeos captados pelas câmaras de televisão presentes no jantar comício filmaram alguns militantes sem a máscara ou com a mesma a ser mal utilizada, deixando o nariz de fora.

Segundo um comunicado emitido pela GNR, esta força da autoridade "acompanhou a realização do evento procurando, nomeadamente, acautelar a manutenção da ordem pública, o que veio a ocorrer".

"No final do evento, apurou-se a participação de cerca de 170 pessoas, onde foram servidas refeições, tendo como tal o proprietário do estabelecimento sido identificado por forma a ser elaborado o respetivo expediente e envio para Ministério Público do Tribunal Judicial de Braga, para apuramento de eventuais ilícitos que se possam ter verificado", pode ainda ler-se no comunicado.

Durante o jantar comício, militantes do partido Chega, que apoia a candidatura do seu líder, André Ventura, à Presidência da República, hostilizaram os jornalistas e repórteres de imagem que estavam na sala, tendo mesmo alguns profissionais de comunicação sido empurrados e ameaçados. Os jornalistas só puderam entrar na sala duas horas depois do início previsto.

O diretor de campanha e mandatário nacional de Ventura, Rui Paulo Sousa afirmou: "Os nossos adversários estão lá fora, mas alguns estão cá dentro...", motivando mais gestos ameaçadores dos apoiantes na direção da comunicação social.

Lusa
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