Fogo de Pedrógão Grande é o mais mortífero nas últimas décadas
Morreram pelo menos 43 pessoas e há mais de 50 feridos. O incêndio continua activo com mais de 600 operacionais a combaterem as chamas
O fogo que deflagrou este sábado no concelho de Pedrógão Grande, distrito de Lisboa, é um dos mais mortais das últimas décadas em Portugal. Foram já confirmadas 43 vítimas pelo Governo.
O fogo mantém quatro frentes activas de grande intensidade, "duas das quais com extrema violência", informou o secretário de Estado da Administração Interna, apesar dos esforços dos operacionais que combatem a chamas e que no início da manhã eram 687, com 224 viaturas e três máquinas de rasto.
França e Espanha enviaram já aviões 'Canadair' para ajudar a combater as chamas.
O Governo declarou na madrugada de hoje o estado de contingência para o incêndio que deflagrou na tarde de sábado em Pedrógão Grande e que alastrou rapidamente aos concelhos de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, todos no distrito de Leiria.
Há mais de 50 anos, em Setembro de 1966, na serra de Sintra, um fogo vitimou mortalmente 25 pessoas. Neste caso, todas as vítimas eram militares do Regimento de Artilharia Anti-Aérea Fixa de Queluz (RAAF), que morreram quando tentavam combater as chamas.
Em 1985, em Armamar, 14 bombeiros foram apanhados pelas chamas e em 1986, em Águeda, o fogo provocou 16 mortos.
Mais recentemente, nos grandes incêndios de 2003, de norte a sul do país, morreram duas dezenas de pessoas.
Três anos depois, em 2006, no distrito da Guarda, cinco bombeiros chilenos morreram ao combaterem o fogo.
No ano 2012, centenas de incêndios registados provocaram seis mortos, quatro deles bombeiros.
Em agosto de 2013, quando se registaram mais de 7.000 incêndios, morreram nove pessoas - oito bombeiros e um civil - com 120 mil hectares de floresta ardida.
No ano passado, os incêndios na Madeira provocaram três mortos e destruíram 37 habitações, uma situação que levou o Governo a fazer um pedido de ajuda à União Europeia para o combate ao sinistro.
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