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"Farfalha" nega acusações de abuso sexual e afirma ser "perseguição"

10 de outubro de 2019 às 16:05

 O arguido já foi condenado em 2005 pela prática de vários crimes de abuso sexual de crianças, de abuso sexual de adolescentes, de violação e de atos exibicionistas.

O principal arguido do caso "Farfalha", que está a ser julgado de novo nos Açores por crimes de abuso sexual, negou esta quinta-feira todas as acusações, manifestando-se "confiante na justiça". "É uma perseguição", afirmou ainda o homem de 52 anos, em declarações à agência Lusa, à saída do Tribunal Judicial de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.

Este antigo pintor de construção civil começou a ser julgado por um tribunal coletivo, numa audiência que está a decorrer à porta fechada. O arguido, conhecido por "Farfalha", que se encontra aposentado por invalidez, foi condenado em 2005 pelo Tribunal Judicial de Ponta Delgada pela prática de vários crimes de abuso sexual de crianças, de abuso sexual de adolescentes, de violação e de atos exibicionistas, na pena única de prisão de 14 anos, a qual cumpriu, tendo saído em liberdade condicional em 2013.

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Já em abril deste ano, o Ministério Público deduziu acusação contra o homem imputando-lhe a prática de três crimes de violação de menores, um crime de coação sexual de menor, dois crimes de recurso à prostituição de menores e um crime de tráfico de estupefacientes agravado, factos que remontam ao ano de 2017, altura em que os três ofendidos tinham menos de 18 anos de idade.

Em declarações à Lusa, ao início da tarde, e apos o arranque do julgamento, o arguido frisou que "os seis anos que passou na cadeia foram tempos muito difíceis". "Acha que me iria meter em coisas destas?", questionou o arguido, natural e residente no concelho da Lagoa, na ilha de São Miguel.

Além deste arguido, o processo de 2005 de abuso sexual de menores da Lagoa, ilha de São Miguel, envolveu ainda mais 17 homens que supostamente frequentavam uma garagem propriedade de "Farfalha", num processo que envolvia ainda cerca de duas dezenas de menores. O julgamento prossegue à tarde com a audição de testemunhas.

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