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Falta de resposta do Governo potencia crescimento da extrema-direita, diz CGTP

23 de novembro de 2019 às 16:05

Arménio Carlos defende que os sucessivos governos e, em particular, o que está atualmente em funções, têm responsabilidade no surgimento de "pseudo-sindicatos, que pretendem fazer do sindicalismo uma área de negócio".

O secretário-geral daCGTP, Arménio Carlos, afirmou hoje, em Lisboa, que a falta de resposta do Governo às reivindicações dos trabalhadores fomenta o surgimento de fenómenos deextrema-direita.

"Quanto mais tempo o Governo demorar a responder aos trabalhadores e às suas reivindicações, também ele está a ser colaboracionista e a fomentar o surgimento de fenómenos de extrema-direita", disse Arménio Carlos, que falava no encerramento do XII Congresso da União dos Sindicatos de Lisboa (USL/CGTP-IN).

Durante a sua intervenção, o líder da intersindical afirmou que os sucessivos governos e, em particular, o que está atualmente em funções, têm responsabilidade no surgimento de "pseudo-sindicatos, que pretendem fazer do sindicalismo uma área de negócio".

Este responsável vincou ainda que o patronato "tem medo que os trabalhadores percam o medo" com o apoio dos sindicatos, que, garantiu, vão continuar a defender a valorização dos trabalhadores.

"Nós sabemos dos condicionalismos, dificuldades e problemas que hoje se levantam à intervenção sindical. Aos sindicatos da CGTP não acontece por acaso", referiu.

Porém, garantiu, a central sindical não tem medo de confrontar os patrões e de lutar para que os direitos e garantias "fiquem dentro da empresa e não à porta".

Arménio Carlos, que irá deixar o cargo de secretário-geral da CGTP em 2020, sublinhou que, muitas vezes, os sindicatos são acusados de "falarem muito de política", uma ideia que confirma, explicando que a intersindical bate-se pela "política do trabalho contra o capital", que tem o objetivo de romper com os baixos salários e o trabalho precário.

"Aqueles que dizem que nós falamos de política são aqueles que não querem ser confrontados com a política de exploração, a política de desigualdades e com a política do empobrecimento laboral", considerou.

Na sexta-feira, dia em que teve início o congresso, Libério Domingues foi reeleito coordenador da União dos Sindicatos de Lisboa (USL), com 99% dos votos expressos pelos participantes no encontro da estrutura sindical da CGTP, em Lisboa.

De acordo com fonte da USL, a lista eleita contou com dois votos brancos.

A média de idades dos eleitos é de 49 anos, 65,9% são homens e 34,1% são mulheres.

Esta estrutura sindical distrital da CGTP tem representados na sua direção 26 sindicatos.

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