Escola de Gaia só recebeu seis alunos, restantes ficaram em casa por medo de coronavírus
Pais de alunos de Vila Nova de Gaia protestaram da escola por temerem o contágio dos seus filhos, devido à presença de uma criança que esteve em Milão. A criança ficou em casa.
Os pais dos alunos da EB1 de Lagos, em Vila Nova de Gaia protestaram hoje junto ao estabelecimento de ensino por temerem o contágio dos seus filhos pelo covid-19, devido à presença de uma criança que recentemente esteve em Milão. Segundo fonte da autarquia, a escola não foi encerrada, mas apenas seis de um total de 90 alunos se encontram nas aulas.
Entre os seis alunos que ficaram nas aulas, de acordo com a mesma fonte, não se encontra a criança que esteve em Milão, que optou por ficar em causa.
O delegado da Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares deu orientações para que a escola se mantivesse em funcionamento, pelo que, com a ajuda da Escola Segura da PSP, a escola não encerrou, acrescentou a fonte.
Em declarações hoje ao Porto Canal, a encarregada de educação Graciete Alvarenga defendeu que deveriam ser criadas pelas autoridades condições para que a criança ficasse em casa de quarentena.
"Se não forem tomadas medidas, levamos os filhos para casa porque não acho seguro deixar as crianças aqui", disse, lembrando que a aluna esteve nos últimos dias no país europeu onde se têm verificado mais casos de infectados pelo covid-19 e que, por isso, deveria ser tomada "uma atitude preventiva, permitir que as pessoas que vêm de fora tenham direito a baixas o tempo necessário de forma a evitar epidemias".
A Lusa contactou o Agrupamento de Escolas de Valadares, de que faz parte a EB1 de Lagos, da freguesia de Vilar do Paraíso, que não quis prestar declarações, referindo apenas que estão a ser seguidas todas as orientações.
Na sua página na Internet, o agrupamento escolar publicou um esclarecimento a toda a comunidade educativa referindo que, "relativamente a eventuais casos de doença contagiosa, nomeadamente covid-19, estão a ser seguidas todas as orientações emanadas da Direcção-Geral da Saúde e da linha Saúde 24, como é habitual".
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