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Dirigente socialista acusa Mário Nogueira de pedir reunião só para atacar o PS

30 de janeiro de 2019 às 14:54

O dirigente socialista Porfírio Silva acusou esta quarta-feira o secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof) de ter pedido uma reunião com a bancada do PS apenas para atacar este partido.

O dirigente socialista Porfírio Silva acusou esta quarta-feira o secretário-geral daFederação Nacional de Professores(Fenprof),Mário Nogueira, de ter pedido uma reunião com a bancada doPSapenas para atacar este partido, distorcendo o conteúdo do encontro.

Esta posição de Porfírio Silva, membro do Secretariado Nacional do PS e deputado socialista da comissão parlamentar de Educação, consta do seu blog "maquinaspeculativa", num artigo intitulado "Postal aberto ao secretário-geral da Fenprof".

Na terça-feira, no final de uma reunião com a bancada do PS, o líder Fenprof afirmou-se pouco satisfeito com o resultado deste encontro que teve lugar no Parlamento, lamentando o silêncio do Governo em relação às vias para desbloquear o impasse negocial sobre a contagem do tempo de carreira dos professores, assim como a inação dos deputados socialistas.

A versão de Porfírio Silva sobre o teor do encontro foi outra: "Contrastando o que se passou na reunião e as declarações do secretário-geral da Fenprof à saída, concluo que devemos ter estado em reuniões diferentes".

Não interessa para o caso a descortesia de termos combinado à entrada que era uma reunião de trabalho e não haveria lugar a declarações à imprensa - e isso ter sido "esquecido" por uma das partes. O que mais importa é que devemos concluir que a reunião para si [Mário Nogueira] apenas teve um único interesse: poder, à saída, atacar, mais uma vez, o PS", acusou.

O membro do Secretariado Nacional do PS refere depois que os socialistas não querem "dar razão aos que propalam que o atual secretário-geral da Fenprof deixou de ter como primeira prioridade a defesa dos educadores e professores e ficou dominado pela ideia de estar numa guerra contra o PS".

"Nem queremos dar razão aos que entendem que o atual secretário-geral da Fenprof deixou de estar suficientemente atento aos interesses da escola pública como tal, essa enorme conquista da democracia, fazendo desaparecer do radar tudo o que não seja o seu tópico de luta presente. Não obstante, somos obrigados a constatar que optou pela desconsideração sistemática daqueles que, pelos vistos, considera os seus principais alvos: quem quer que apareça a defender as posições do PS", ataca ainda o dirigente socialista.

Neste "Postal aberto" dirigido a Mário Nogueira, Porfírio Silva avisa ainda que o PS "não pode tolerar que a Fenprof "adote uma linha de desconsideração e de agressividade sistemática a propósito de qualquer contacto com o PS".

"Concordamos com os representantes da Fenprof na necessidade de adotar métodos responsáveis de lidar com as questões relativas à profissionalidade docente, evitando que se crie a ilusão de que a demagogia e o populismo oferecem melhores soluções do que o diálogo com as organizações representativas dos trabalhadores. Mas, a retórica da confrontação sistemática, a retórica da desqualificação do interlocutor, que o secretário-geral da Fenprof mais uma vez assumiu, não é combater o populismo: é entrar na lógica do próprio populismo e, assim, conceder-lhe a vitória", sustenta.

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