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Deputado do Chega faz paródia com o caso Miguel Arruda depois deste o ter apontado como maçon

Luana Augusto 14 de fevereiro de 2025 às 16:47

António Pinto Pereira fez a publicação depois do ex-Chega ter dito nas redes sociais que ele era da maçonaria, o que o levou uma tomar decisão: "Irei participar criminalmente contra este senhor na PGR".

O deputado do Chega, António Pinto Pereira, publicou na passada quinta-feira (13) umvídeo na sua rede social X, onde ao surgir acompanhado de uma mala de viagem fez referências à "maçonaria". O vídeo, publicado em forma de paródia, surge depois do ex-deputado do Chega Miguel Arruda, acusado de furtar malas nos aeroportos de Lisboa e Ponta Delgada, o ter acusado de "ser membro da seita maçónica e espião". Além do vídeo, as acusações valeram uma ameaça por parte de Pinto Pereira: "Irei participar criminalmente contra este senhor na PGR".

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"É a maçonaria, os serviços secretos e estas organizações árabes clandestinas e terroristas, altamente perigosas", começa por dizer o deputado no vídeo. "Tenho aqui a mala cheia de coisas secretas: aventais, chapéus de cozinheiro, lenços da Palestina e bombas, claro. Eu ando sempre com muitas bombas."

O vídeo, gravado no Jardim da Estrela, em Lisboa, pretende alegadamente mostrar como um espião age "nas horas vagas" - uma referência às acusações de Miguel Arruda. Contudo, é também através desta publicação que António Pinto Pereira acaba por relembrar o caso em que o agora deputado não inscrito foi acusado de furto de malas nos tapetes dos aeroportos de Lisboa e Ponta Delgada.

"Acabo de regressar do aeroporto, onde encontrei numa das rampas de bagagens, juro que por mero acaso, uma mala amarela muito parecida com uma que eu tenho e com um conteúdo altamente secreto. Nem posso dizer o que lá está", lê-se na mesma publicação.

Este episódio é ainda relembrado através de um outro vídeo. "O meu nome Abdul Karim. Estou agora a sair do aeroporto de Lisboa e encontrei lá esta mala e estive a ver o que a mala tinha. Estava na rampa, mas eu juro que a apanhei sem querer e ela tem umas coisas muito secretas aqui dentro. Por isso, tenho de andar com ela com muito cuidado, senão o secretismo da mala vai ao ar e ainda me acontece alguma coisa."

Ambos os vídeos surgem num momento em que Miguel Arruda e vários deputados do Chega têm utilizado as suas redes sociais para fazerem trocas de acusações. "O deputado do Chega Pinto Pereira sempre foi conhecido por ser um aldrabão. Foi assim quando foi alvo de um processo com 300 acusações na faculdade, e voltou a mentir esta semana ao negar o facto de ser membro da seita maçónica e espião", escreveu na quinta-feira Miguel Arruda.

Ao que obteve a seguinte resposta por parte de António Pinto Pereira: "O Senhor Miguel Arruda traçou uma linha de marcação pessoal com o objetivo de me ofender e caluniar publicamente, além de lançar inverdades que vai ter de provar em tribunal. Irei participar criminalmente contra este senhor na PGR [Procuradoria Geral da República]."

Miguel Arruda é acusado de ter furtado malas de outros passageiros e de ter vendido os seus conteúdos através da Vinted - entregas estas que seriam feitas através dos postos dos correios na Assembleia da República.

O cenário levou, na altura, a Divisão de Investigação Criminal da PSP a realizar buscas nas casas do deputado, em Lisboa e Açores. Foram também realizadas buscas no seu gabinete na Assembleia da República, onde foram apreendidas "quatro ou cinco malas".

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