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Covid-19: Costa cancela visitas a militares portugueses na República Centro Africana e Mali

17 de dezembro de 2020 às 13:21

Encontros com os militares portugueses em missões no estrangeiro, antes do Natal, não tinham sido divulgados "por motivos de segurança".

O primeiro-ministro cancelou as suas visitas que agendara aos destacamentos militares portugueses na República Centro Africana, no sábado, e no Mali, no domingo, por ter ficado a partir de hoje em isolamento profilático preventivo da covid-19.

Estes encontros com os militares portugueses em missões no estrangeiro, antes do Natal, de acordo com o gabinete de António Costa, não tinham sido divulgados "por motivos de segurança", mas iriam realizar-se no âmbito do programa das visitas oficiais do primeiro-ministro a São Tomé e Príncipe e à Guiné-Bissau, entretanto também canceladas.

O primeiro-ministro português está a partir de hoje em isolamento profilático preventivo, depois de ter estado na quarta-feira, em Paris, com o presidente francês, Emmanuel Macron, que testou positivo ao novo coronavírus.

Em 2018 António Costa visitou antes do Natal as tropas portuguesas no Afeganistão, e no ano passado esteve na ilha de Samos, na Grécia, e no Iraque.

Nesta sexta-feira, logo depois da chegada a São Tomé e Príncipe, juntamente com o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, e com o chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, António Silva Ribeiro, o líder do executivo português ia ter um encontro com a guarnição do navio NRP Zaire, da Marinha Portuguesa.

No sábado, antes de terminar a jornada na Guiné-Bissau, o primeiro-ministro estaria na República Centro Africana, onde Portugal tem presença militar desde o início de 2017.

Neste momento, encontra-se naquele país a 7.ª força nacional destacada, constituída por 180 militares, integrada na Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana (MINUSCA).

Em setembro, o Estado-Maior-General das Forças Armadas revelou que pelo menos 88 dos 180 militares portugueses que integram a missão das Nações Unidas na República Centro Africana tinham sido infetados com o novo coronavírus, mas esta epidemia acabou por não ter qualquer consequência grave em termos de saúde.

No domingo, antes de regressar a Lisboa e depois de terminar a sua primeira visita oficial à Guiné-Bissau, o primeiro-ministro deveria visitar o destacamento português no Mali.

Portugal tem desde 01 de julho uma Força Nacional Destacada no Mali, no âmbito da Missão Multidimensional Integrada para a Estabilização do Mali (Minusma), das Nações Unidas, que inclui 63 militares da Força Aérea Portuguesa e um avião de transporte C-295.

O objetivo da missão portuguesa é assegurar missões de transporte de passageiros e carga, transporte tático em pistas não preparadas, evacuações médicas, largada de paraquedistas e vigilância aérea e garantir a segurança do campo norueguês de Bifrost, em Bamako, onde estão alojados os militares portugueses.

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