Secções
Entrar

CGTP acredita em momento-chave para exigir aumento salarial de 4%

13 de setembro de 2018 às 22:56

O secretário-geral da unidade sindical, Arménio Carlos, defendeu ainda ser "imprescindível a revogação das normas gravosas" da legislação laboral.

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, considerou esta quinta-feira que este é o momento-chave para exigir um aumento dos salários em pelo menos 4%.

"Nós entendemos que este é o momento-chave para reclamar um aumento dos salários em, pelo menos, 4%, um acréscimo salarial que nunca poderá ser inferior a 40 euros, [bem como] os 650 euros de salário mínimo a partir de 1 de Janeiro", disse o secretário-geral da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses aos jornalistas em Lisboa, após a reunião do Conselho Nacional.

Arménio Carlos defendeu ainda ser "imprescindível a revogação das normas gravosas" da legislação laboral, de que são exemplo a caducidade e a reposição do princípio do tratamento mais favorável.

"Também entendemos que é o momento de aprofundar a reflexão sobre estas normas e vamos realizar em 3 de Outubro um debate sobre o estado do direito", anunciou Arménio Carlos.

A CGTP referiu que vai continuar a desenvolver "um forte combate ao desemprego e precariedade", observando que, apesar de valorizar a diminuição do desemprego registada nos últimos tempos, "grande parte do emprego criado é precário e com baixos salários".

No caderno reivindicativo da CGTP inclui-se, também, a rejeição e combate à desregulação dos horários de trabalho (adaptabilidades, banco de horas e horários concentrados) e a semana de 35 horas semanais para todos os trabalhadores.

A central vincou a necessidade da reposição e melhoria da retribuição do trabalho normal em dia feriado, em regime de turnos e nocturno, assim como a garantia de dois dias de descanso semanal e "no mínimo" 25 dias úteis de férias.

A CGTP vai reivindicar igualmente a descida da taxa do IVA para os 6% sobre a electricidade e o gás, bem como nos produtos alimentares que integram o cabaz básico.

Já na área da Segurança Social, a CGTP defendeu o aumento das pensões de reforma e a alteração das regras de acesso à idade legal da aposentação, "repondo os 65 anos" e fixando o acesso à pensão, sem penalizações, a todos os trabalhadores com pelo menos 40 anos de descontos.

"Temos trabalhadores com 44, 45 ou 46 anos de contribuições que continuam a ver negada a passagem à aposentação, sob pena das penalizações", exemplificou o líder da CGTP.

A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses reivindica ainda a defesa e valorização do Serviço Nacional de Saúde, uma escola pública "de qualidade e inclusiva", e uma política fiscal justa que reduza os impostos e taxe "de forma adequada" os rendimentos do capital.

Por último, o Conselho Nacional decidiu realizar um encontro nacional de dirigentes, delegados e activistas sindicais no dia 1 de Outubro, em Lisboa, para assinalar os 48 anos da CGTP e reforçar a luta pela defesa dos direitos dos trabalhadores.

Adicionalmente, a central sindical quer intensificar a acção de luta e, apesar de não revelar a data, informou que vai realizar uma jornada nacional de luta.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela