CDS força votação do Programa de Estabilidade no Parlamento
O CDS propôs esta quarta-feira a rejeição do Programa de Estabilidade e a revisão do Programa Nacional de Reformas. Com esta alteração ao requerimento, obrigará todos os partidos a tomarem uma posição sobre os documentos
O CDS propôs esta quarta-feira a rejeição do Programa de Estabilidade e a revisão do Programa Nacional de Reformas, no sentido de "não reverter" as reformas estruturais do anterior Governo, segundo o requerimento de substituição entregue no parlamento.
O requerimento altera o projecto de resolução anteriormente entregue pelos centristas, que recomendava ao Governo que submetesse a votos o Programa de Estabilidade 2016-2020, propondo agora a sua rejeição.
O CDS recomenda ainda ao Governo que reveja o Programa Nacional de Reformas para que inclua no documento "o compromisso de não reverter as reformas estruturais adoptadas nos últimos quatro anos, que estavam a permitir uma trajectória de crescimento e de emprego e que, nessa medida, devem ser mantidas e intensificadas" e "políticas que eficazmente promovam o crescimento económico, designadamente apostando nas exportações, no investimento e na competitividade".
Durante o debate no plenário da Assembleia da República na tarde desta quarta-feira, o líder parlamentar do CDS-PP anunciou a alteração do projecto de resolução sobre os programas de Estabilidade e Nacional de Reformas, pedindo a sua rejeição, o que obrigará todos os partidos a tomarem uma posição sobre os documentos.
"Ouvi há pouco dizer PCP e PEV que o CDS na verdade não queria votar os documentos. Que fique claro que, da parte do CDS, iremos alterar o número dois [do projecto de resolução]: onde se diz para votar passará a dizer-se recusamos o Plano de Estabilidade apresentado pelo Governo. Desde já digo que o CDS votará contra este Plano de Estabilidade", afirmou Nuno Magalhães, no final do debate sobre aquele documento e do Programa Nacional de Reformas, que decorreu esta tarde na Assembleia da República.
Depois da intervenção do deputado do CDS-PP, o deputado do PSD António Leitão Amaro afirmou que o partido "apoiará este projecto de resolução", porque "quer chumbar" os programas de Estabilidade e Nacional de Reformas.
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