Caso BES/GES. Juiz Ivo Rosa só quer um advogado a representar 118 assistentes
Magistrado argumenta que "não existiria uma sala com condições para acolher todos os advogados". Assistentes têm 10 dias para escolher quem os irá representar.
Apenas um advogado poderá representar os 118 assistentes durante a fase de instrução do mega-processo BES/GES. A decisão é do juiz Ivo Rosa, que argumenta que a sala não tem condições para sentar tantas pessoas e seria impossível ouvir todos os advogados a cada ato processual, avança o Observador.
A publicação indica que a lei permita que o magistrado o faça, mas a Ordem dos Advogados contrapõe que a legislação colide com o seu estatuto e advogados propõem outras soluções. No despacho de abertura de instrução, concluído a 24 de janeiro, Ivo Rosa concluí que "seria impossível tramitar o processo com a intervenção simultânea de todos os assistentes" e que "não existiria uma sala com condições para acolher todos os advogados". "Imagine-se o que seria o tribunal ter de ouvir todos os assistentes quanto à prática de qualquer ato processual", refere o documento, no qual o juiz elevou para 30 o total de arguidos no caso.
Assim, Ivo Rosa determina que os 118 assistentes escolham quem os vai representar num prazo de dez dias. Caso não cheguem a nenhum acordo, o próprio escolherá um advogado, optando por aquele que foi o primeiro a constituir-se assistente — neste caso, o BES.
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