Cabrita espera que manifestações "Vamos parar Portugal" respeitem Estado de direito
Protestos estão marcados para sexta-feira, dia 21 de Dezembro. Eduardo Cabrita frisou que o direito à manifestação existe em Portugal.
O ministro da Administração Internadisse hoje confiar na "boa tradição portuguesa" e que as manifestações agendadas para sexta-feira sob o lema "Vamos parar Portugal como forma de protesto" respeitem os princípios de um Estado de direito.
Em declarações aos jornalistas, à margem de uma conferência sobre migrações, em Oeiras, quando questionado sobre que medidas de segurança estão a ser pensadas para as manifestações de sexta-feira, Eduardo Cabrita frisou que o direito à manifestação existe em Portugal e está regulado.
Para o dia 21 de Dezembro, está marcada uma manifestação em Portugal dos "coletes amarelos", o protesto que nasceu em França. Está a ser organizada através do Facebook e Whatsapp, e tem hora marcada: 7 da manhã. Entre os locais que os manifestantes prometem afectar, encontra-se a Ponte 25 de Abril: querem trancar as portagens.
"Aquilo que confio é que a boa tradição portuguesa se mantenha, liberdade de manifestação e respeito por aquilo que é a afirmação dos princípios fundamentais do Estado de direito", adiantou o ministro.
Nesse sentido, disse esperar que sejam respeitadas as regras sobre o direito de manifestação, acrescentando que as forças de segurança irão definir as medidas de segurança de acordo com a "dimensão previsível e a natureza do fenómeno".
Questionado sobre se receia que venha a acontecer o mesmo que em França, com o fenómeno dos coletes amarelos, o ministro respondeu que "Portugal é um país seguro, que respeita o direito de manifestação".
Entretanto, a PSP já anunciou que está a preparar um "dispositivo adequado" para as manifestações de sexta-feira e aproveitou para apelar ao respeito pela lei.
Os protestos marcados para sexta-feira em várias cidades do país por grupos de cidadãos são inspirados no movimento "coletes amarelos" em França, que há vários dias se manifestam contra o elevado custo de vida e para exigir a diminuição dos impostos e do preço da gasolina, e que já originaram violentos confrontos entre manifestantes e polícia.
As manifestações de sexta-feira estão a ser organizadas através das redes sociais, nomeadamente páginas no Facebook.
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