Secções
Entrar

BE quer negociar as 35 horas com sindicatos

31 de maio de 2016 às 16:47

PS substituiu a proposta de reposição das 35 horas na função pública a 1 de Julho por outra, que prevê negociação com sindicatos das excepções para os funcionários que continuarão a trabalhar 40 horas por semana. Porta-voz do BE considerou que "é um passo que é importante"

A porta-voz do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, defende que é tão importante negociar as 35 horas com os sindicatos, como é importante que esteja "em cima da mesa" a realidade das 35 horas de trabalho em Portugal.

 

"Para nós é importante que haja uma negociação com os sindicatos e acima de tudo é muito importante que se abra a porta e que esteja em cima da mesa que vá ser uma realidade as 35 horas", declarou Catarina Martins, em Vila Nova de Gaia (Porto), à margem de uma conferência sobre Direitos Humanos, em que participou na Escola Secundária Inês de Castro, esta terça-feira.

 

Na segunda-feira, o PS substituiu a proposta de reposição das 35 horas na função pública a 1 de Julho por outra, que prevê negociação com sindicatos das excepções para os funcionários que continuarão a trabalhar 40 horas por semana.

 

No texto, a que a Lusa teve acesso, deixa ainda de haver qualquer referência a uma data limite para o horário semanal de 40 horas vigorar em alguns serviços, que deveria terminar a 31 de Dezembro, de acordo com a anterior proposta.

 

Catarina Martins recordou, nas suas declarações, que o BE defende as 35 horas de trabalho para todos. "Achamos que o desemprego é um luxo caro demais para o país. Temos que dividir o trabalho que há e com isso criar emprego", disse.

 

A porta-voz do BE referiu, todavia, que "este primeiro passo é um passo que é importante", mas avisou que o BE não deixará, no entanto, de acompanhar "este primeiro passo", dizendo que é preciso "perceber que é preciso muito mais".

 

"Julgo que ser com negociação com os sindicatos, significa que será, até, implementado mais cedo. É essa a expectativa", acrescentou, estimando que "até Outubro esteja resolvido".

 

Na passada sexta-feira, durante o debate quinzenal, Catarina Martins havia pressionado o primeiro-ministro, António Costa, sobre a reposição das 35 horas de trabalho na Função Pública, avisando que o compromisso está no acordo subscrito em Novembro transacto e que permitiu o apoio parlamentar para que o PS chegasse ao Governo.

 

Na conferência sobre Direitos Humanos, Catarina Martins defendeu a escola pública e a igualdade de oportunidades, considerando que a Educação é um exemplo dos direitos básicos e uma das responsabilidades do Estado Social.

 

"A escola pública é a resposta normal que o Estado dá a toda a gente, para todas as crianças e para todos os jovens", defendeu a bloquista, observando que Portugal "está a dar passos nesse sentido", referindo que com as atuais políticas vão poder ser garantidos manuais escolares e ensino especial para quem necessite.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela