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Autoridade Marítima avalia presença de medusas em 42 praias de Cascais, Sintra e Mafra

12 de agosto de 2020 às 12:41

Permanece a interdição a banhos em Carcavelos e São Pedro do Estoril. Os seus tentáculos são pequenos e ligeiramente urticantes, pelo que é "aconselhável evitar o contacto direto".


A Autoridade Marítima Nacional (AMN) está hoje a avaliar a presença de medusas 'Velella velella' em 42 praias dos concelhos de Cascais, Sintra e Mafra, distrito de Lisboa, permanecendo a interdição a banhos em Carcavelos e São Pedro do Estoril.

Na terça-feira, as praias de Carcavelos e de São Pedro do Estoril, em Cascais, foram interditadas a banhos, com o hastear da bandeira vermelha após ter sido detetada a presença de medusas 'Velella velella', situação que se mantém até que haja informação da monitorização que está a ser feita pela AMN, com a colaboração de militares da Marinha que integram o programa de vigilância das praias e dos nadadores-salvadores dessas mesmas praias.

"Neste momento, estamos a fazer um ponto de situação a todas as praias do concelho de Cascais, inclusivamente estendemos todo este trabalho de observação às praias dos concelhos de Sintra e de Mafra", avançou o comandante Rui Teixeira, adjunto do capitão do porto de Cascais, perspetivando ter o resultado dessa avaliação "até ao final da manhã".

Em declarações à agência Lusa, o comandante Rui Teixeira adiantou que a monitorização da presença de medusas 'Velella velella' abrange "42 praias" destes três concelhos do distrito de Lisboa. "Apenas verificámos a afluência de medusas nas praias de São Pedro do Estoril e de Carcavelos", afirmou o adjunto do capitão do porto de Cascais, referindo-se à situação identificada na terça-feira, que levou ao hastear da bandeira vermelha e à interdição de ida a banhos.

Questionado sobre a possibilidade de outras praias virem a estar interditadas a banhos, Rui Teixeira reforçou que a situação está a ser avaliada, sem descartar essa decisão. "Se se justificar, se o número de medusas que derem à praia for em número considerável, faremos a nossa avaliação e, em caso de necessidade por questões de saúde pública, tomaremos as nossas decisões", declarou o comandante da AMN. "Neste momento, é prematuro. Eu próprio estive já esta manhã na praia de Carcavelos e na praia de São Pedro do Estoril e nas parias do paredão de Cascais, não observei nada. Vamos esperar, com a mudança da maré, para ver se há afluência dessas medusas ao areal, caso contrário, em coordenação com a delegada de saúde de Cascais e do município, tomaremos a decisão de levantar esta interdição a banhos", explicou.

Na terça-feira, a AMN anunciou a decisão de hastear a bandeira vermelha nestas duas praias do concelho de Cascais, após ter sido detetada a presença de medusas 'Velella velella', informando que "as entidades envolvidas vão manter a monitorização desta situação e a interdição de ida a banhos será levantada assim que estiverem reunidas todas as condições de segurança".

Neste âmbito, a AMN esclareceu que a interdição a banhos nestas praias foi determinada "por uma questão de salvaguarda dos banhistas, após ter recebido o alerta para o aparecimento destes organismos pelos nadadores-salvadores destas praias".

Nos últimos dias, a presença de medusas 'Velella velella' foi registada na Praia da Vieira, na Marinha Grande, distrito de Leiria, o que levou também ao hastear da bandeira vermelha e ao desaconselhamento de ida a banhos, medidas que foram levantadas na segunda-feira, depois de dois dias sem deteção de presença das medusas no mar, informou o comandante da Capitania do Porto da Nazaré.

Sobre a presença de medusas 'Velella velella' naquelas praias, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) disse hoje que "a espécie Velella velella (Veleiro) está de momento a ocorrer em pequenas quantidades por toda a costa oeste portuguesa, incluindo em algumas ilhas dos Açores", revelando que se trata de uma espécie de ocorrência comum e os seus tentáculos são pequenos e ligeiramente urticantes, pelo que é "aconselhável evitar o contacto direto com os mesmos de forma a evitar potenciais reações alérgicas, em caso de maior sensibilidade".

"Não havendo evidências de queimaduras ou problemas de saúde associados, é considerada inofensiva", assegurou o instituto. No entanto, caso os banhistas tenham estado em contacto com as mesmas e tenham sido picados, devem aplicar bandas de gelo e, se possível, bicarbonato de sódio, recomendou o IPMA.

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