Audição de Passos Coelho no julgamento do BES anulada devido a greve
A greve dos oficiais de justiça adiou a sessão do julgamento do Banco Espírito Santo em que Pedro Passos Coelho seria ouvido.
O ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho estava já no Campus de Justiça quando connheceu que devido à greve dos oficiais de justiça não iria prestar depoimento no julgamento do BES/GES que estava marcada para esta quarta-feira de manhã.
O ex-primeiro-ministro lembrou que estava apenas convocado para de manhã e que já havia outra testemunha agendada para a tarde, pelo que terá de aguardar por nova convocatória para ser ouvido em tribunal.
"Já o disse várias vezes, não vou acrescentar nada de novo. Estou fora da política ativa, e estou bem, não tenciono rever essa minha decisão", disse ainda aos jornalistas quando estava a entrar para o julgamento do Banco Espírito Santo.
Pedro Passos Coelho era chefe de Governo à data da resolução do BES, no verão de 2014, e a sua inquirição tinha chegado a ser agendada para 30 de outubro de 2024.
O processo conta atualmente com 18 arguidos, incluindo o ex-presidente do banco, Ricardo Salgado, de 80 anos e diagnosticado com a doença de Alzheimer. Ricardo Salgado responde por cerca de 60 crimes, incluindo um de associação criminosa e vários de corrupção ativa no setor privado e de burla qualificada. O Ministério Público estima que os atos alegadamente praticados entre 2009 e 2014 pelos 18 arguidos, ex-quadros do BES e de outras entidades da esfera do GES, tenham causado prejuízos de 11,8 mil milhões de euros.
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