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Associação da GNR acusa Governo de "ignorar" e "desrespeitar" os militares

11 de julho de 2019 às 17:55

A Associação dos Profissionais da Guarda garante que neste momento "é estrutural o descontentamento e indignação" dos elementos da corporação.

A Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) acusou esta quinta-feira oGovernode "ignorar" e "desrespeitar" os militares da GNR, avançando que neste momento "é estrutural o descontentamento e indignação" dos elementos da corporação.

A APG/GNR, que hoje reuniu o secretariado da direção nacional para analisar a atual situação, considera que "tem prevalecido o ignorar de questões fundamentais que diariamente colidem com os direitos dos profissionais, arrastando-se situações de forma desnecessária por inoperância da tutela e fundamentalmente do Comando-Geral daGNR, que se escusa a agir ou posicionar-se em defesa daqueles que servem a Instituição".

Num comunicado, a associação mais representativa dos militares da Guarda Nacional Republicana dá conta das várias questões em que o Ministério da Administração Interna e o Comando-Geral da GNR "se escusam diariamente a dar resposta, optando por varrer para debaixo do tapete toda e qualquer questão que seja colocada".

A APG/GNR sublinha que há "uma postura discriminatória do Governo" em relação às 35 horas semanais ou mesmo na possibilidade de poderem acompanhar os seus filhos no primeiro dia de escola, além do regime de flexibilização da idade de acesso àreforma.

"É igualmente inexplicável que o Governo não tenha procedido à revisão do sistema remuneratório, até porque decorre da publicação do novo estatuto, fazendo com que, para funções similares os profissionais da GNR aufiram menos cerca de 100 euros do que a congénere PSP", refere, frisando que foi feita de "forma atabalhoada" a reposição faseada e parcial do tempo de congelamento das carreiras.

A APG/GNR enumera também os atrasos nas promoções na categoria de Guardas e "a forma absolutamente autista" como a tutela tem tratado os profissionais da GNR ao não reconhecer o risco e desgaste da profissão.

A Associação dos Profissionais da Guarda relembra ainda que o ministro Eduardo Cabrita chegou "mesmo a minimizar situações tão graves como o número crescente de agressões ocorridas em serviço".

"Este é um Governo que desrespeita as forças de segurança e os profissionais da GNR e, face a esta realidade, de pouco valerá que se propaguem discursos de reafirmação dos valores democráticos, pois a prática é outra", refere ainda o comunicado.

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