Angola confirma pedido para constituir Bataglia como arguido
Angola recebeu carta rogatória do Ministério Público português a solicitar a constituição de Hélder Bataglia como arguido na Operação Marquês
O Procurador-Geral da República de Angola confirmou, esta segunda-feira, a recepção de uma carta rogatória do Ministério Público português a solicitar a constituição do empresário Hélder Bataglia arguido no processo Operação Marquês. Em Julho do ano passado, Bataglia falou pela primeira vez do processo, numa entrevista exclusiva à SÁBADO. "Não paguei luvas", assegurou na altura o empresário que garantiu, também, que naquela altura não tinha recebido qualquer notificação ou contacto das autoridades, nem em Angola nem em Portugal."
João Maria de Sousa explicou que a Procuradoria-Geral da República está a seguir os procedimentos para responder ao solicitado pelo Ministério Público português. "Confirmo sim, a Procuradoria-Geral da República recebeu uma carta rogatória e por isso está a seguir com os procedimentos para responder ao que é solicitado na carta rogatória", disse João Maria de Sousa, à Lusa, sem adiantar mais pormenores.
No dia 3, a Procuradoria-Geral da República disse ter enviado às autoridades angolanas uma carta rogatória para constituir arguido o empresário luso-angolano Hélder Bataglia no processo Operação Marquês. No mesmo dia, o advogado do ex-administrador do BES Angola disse estar a aguardar "a concretização da forma de cooperação judiciária internacional, escolhida pelo Ministério Público", reiterando a disponibilidade do seu constituinte já manifestada.
Com o cumprimento da carta rogatória, o empresário torna-se no décimo terceiro arguido do processo Operação Marquês, caso que envolve o ex-primeiro-ministro José Sócrates, o empresário Carlos Santos Silva e o antigo ministro Armando Vara, entre outros. A constituição de Hélder Bataglia como arguido está relacionada com as suspeitas dos investigadores relativamente ao empreendimento Vale do Lobo, Algarve, e à sua aprovação numa altura em que José Sócrates era chefe do Governo.
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