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Governo espera aprovar plano contra o racismo e discriminação no primeiro semestre

Lusa 28 de abril de 2021 às 20:36

Secretária de Estado para a Cidadania e para a Igualdade, Rosa Monteiro, adiantou que o plano, em fase de consulta pública, já recebeu 40 contributos e que a perspetiva do Governo é que venha a ser aprovado ainda durante a presidência portuguesa da União Europeia

O Governo espera aprovar o Plano Nacional de Combate ao Racismo e à Discriminação até ao final do primeiro semestre e começar a executá-lo ainda este ano, avançou hoje no parlamento a equipa ministerial de Mariana Vieira da Silva.

Rosa Monteiro DR

Em resposta ao PS, a secretária de Estado para a Cidadania e para a Igualdade, Rosa Monteiro, adiantou que o plano, em fase de consulta pública, já recebeu 40 contributos e que a perspetiva do Governo é que venha a ser aprovado ainda durante a presidência portuguesa da União Europeia, o que "seria simbólico".

"Há medidas que são de arranque imediato e, portanto, [seria implementado] ainda em 2021", disse Rosa Monteiro.

A ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, disse também que quando for aprovado o plano, que ainda pode sofrer alterações por via da consulta pública, serão conhecidas as metas concretas que lhe estão associadas, assim como o calendário de execução.

A deputada do CDS-PP Ana Rita Bessa levantou preocupações com algumas medidas constantes do plano, que considerou estarem "na fronteira", tendo "riscos a que vale a pena estar atento", alertando que podem dar azo a exageros e posições extremadas, algo que Mariana Vieira da Silva rejeitou, defendendo que as preocupações apontadas "não representam riscos efetivos".

O deputado único do Chega, André Ventura, disse estar a insistir numa pergunta para a qual ainda não tinha tido resposta, querendo saber se o Governo "vai manter o ativista Mamadou Ba" no grupo de trabalho para a Prevenção e o Combate ao Racismo e a Discriminação, considerando-o "um ativo tóxico", tendo perguntado também sobre a comparticipação de medicamentos aos requerentes de asilo e refugiados.

Na resposta, a ministra disse que o deputado "não deve ter feito essa pergunta nenhuma vez, uma vez que nesta legislatura é a segunda vez que [lhe] faz perguntas e a primeira desde que esse grupo de trabalho existe" e salientou que o grupo de trabalho "tem peritos de instituições universitárias, tem representantes das organizações da sociedade civil e Mamadou Ba é um representante de uma organização que combate há décadas o racismo em Portugal".

"E está no grupo de trabalho a prestar o seu contributo, que aliás já foi entregue ao Governo", acrescentou, sublinhando que o racismo "existe, o que acontece é que uns escolhem combatê-lo e outros escolhem dar-lhe voz".

Para Mariana Vieira da Silva, "isso é o que está o senhor deputado a fazer quando diz que os refugiados e os requerentes de asilo não pagam medicamentos e as outras pessoas pagam", tendo salientado que "Portugal tem uma política de apoio a um conjunto de pessoas que chegam a Portugal sem nada, como tem uma política de apoio às pessoas mais pobres em Portugal, que também não pagam medicamentos".

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