Sábado – Pense por si

Ricardo Adolfo
Ricardo Adolfo
18 de julho de 2014 às 13:17

Faria de mim espetada

Ricardo Adolfo afirma que a primeira pessoa que o fez sentir um bárbaro foi a sua adorável mulher, ainda quando não o era

Demorei muito tempo até aprender a estar à mesa. Tanto que entretanto me esqueci se já sei estar ou a minha triste figura é apenas ignorada de uma forma simpática tão comum pelos ilhéus. Para complicar tudo um pouco mais há vários tipos de mesas que nos são oferecidas a cada refeição. Todas mais baixas do que na terra. Há também as muito baixinhas, as rasteiras e as que escondem um buraco por baixo. Cada uma tem uma razão de ser e é suposto que qualquer pessoa que consiga andar na vertical e não se babe saiba o que fazer a cada garfada do ritual. O que no caso da ilha raramente é mesmo uma garfada. E foi ter sido educado a garfo e faca que me traiu.

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Dez observações sobre a greve geral

Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.

Adeus, América

Há alturas na vida de uma pessoa em que não vale a pena esperar mais por algo que se desejou muito, mas nunca veio. Na vida dos povos é um pouco assim também. Chegou o momento de nós, europeus, percebermos que é preciso dizer "adeus" à América. A esta América de Trump, claro. Sim, continua a haver uma América boa, cosmopolita, que gosta da democracia liberal, que compreende a vantagem da ligação à UE. Sucede que não sabemos se essa América certa (e, essa sim, grande e forte) vai voltar. Esperem o pior. Porque é provável que o pior esteja a chegar.