A invasão da Ucrânia tem teoria. Tem realpolitik, tem desejo imperialista, tem ressentimento, tem bravado e exibição de força, mas também tem uma formulação doutrinal e teórica. Pode até não ser especialmente relevante no processo decisório, mas existe como pano de fundo e mecanismo de legitimação. Ela encontra-se nos discursos de Putin, nas afirmações dos seus propagandistas e, a nível nacional, encontra-se no Avante!, nos livros de comunistas portugueses pró-russos como António Avelãs Nunes, prefaciado pelo major-general Carlos Branco, que é um dos comentadores da guerra na CNN.

A doutrina disto tudo

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