Sábado – Pense por si

Rui Hortelão
Rui Hortelão Director da SÁBADO
24 de setembro de 2015 às 08:37

Campanha, campanha e no fim ganha a confusão

Se o partido mais votado não tiver o maior número de mandatos, Portugal vai tornar-se ainda mais ingerível do que se tiver um governo eleito por uma vantagem mínima. Ou seja, estamos condenados a uma séria instabilidade pós-eleitoral

O empate técnico ou a diferença mínima são os resultados que todas as sondagens, sem excepção, apontam para as eleições de 4 de Outubro. A incerteza sobre o dia seguinte já está há muito instalada. Mas agravou-se ainda mais quando um novo cenário ganhou forma no horizonte, o de o partido mais votado poder não ter o maior número de deputados eleitos. Parece confuso, mas está tudo previsto desde 1878, quando o advogado e professor belga Victor D’Hondt apresentou publicamente o seu sistema proporcional de distribuição de mandatos em eleições colegiais, adoptado como "método de Hondt" em dezenas de países, incluindo Portugal.

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Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.