Sábado – Pense por si

Pedro Marta Santos
Pedro Marta Santos
12 de novembro de 2019 às 09:00

Vencer ou morrer

No meio da guerra sem tréguas pelo nosso polegar oponível, os maiores conglomerados do audiovisual europeu tentam reorganizar-se. E Portugal? Zero. Permanecemos orgulhosos de uma monocultura – a telenovela – própria das Honduras ou do Paquistão

vinte anos depois, a idade dourada da televisão chegou ao clímax. Desde a estreia na HBO do episódio-piloto de Os Sopranos a 10 de Janeiro de 1999, a TV linear fez os (im)possíveis para escapar à campa no cemitério que lhe está destinada. Os canais por cabo pagos prosperavam, até que também estes receberam a última bênção com a chegada do diabo vermelho, a Netflix, em 2013. 158 milhões de subscritores (em 190 países) depois, a Netflix em particular e a televisão OTT em geral – OTT é a distribuição de programas e ficções pela Internet – conquistaram a maioria dos espectadores/criadores de grelhas individuais online do mundo inteiro (em Portugal são 40% do público jovem, mas a percentagem sobe todos os meses).

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Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.