Sábado – Pense por si

Pedro Marta Santos
Pedro Marta Santos
04 de agosto de 2015 às 08:00

O medo

Porém, quando decidimos, a coragem, se bem que adormecida, está no nosso ADN, da batalha de São Mamede ao 25 de Abril. Procura-se de novo esse destemor secular

O que dominará as decisões políticas dos portugueses nos próximos 12 meses é o medo. Medo lançado pelo pior Presidente da República da era democrática, que entende ser sua missão chantagear os eleitores a votarem numa maioria absoluta (objectivo mais distante da realidade do que o cérebro de João César das Neves). Medo instigado pelo primeiro-ministro, que repete a probabilidade do regresso ao caos e a certeza do apocalipse caso os cidadãos optem pelo voto no PS, enquanto fala agora do seu "querido Portugal", o mesmo que o responsável pela cadeira eléctrica de um corredor da morte confessar o seu amor eterno pelo executado após ligar a corrente. Medo de que a mais leve oposição aodiktateuropeu e pangermânico gere a asfixia económica, financeira (e antidemocrática) sofrida pelos gregos nas últimas semanas. Medo, por fim, de que a confiança exigida nos cartazes pelo apaixonante doutor António Costa – cuja capacidade de mobilização permanece igual à de um surdo-mudo num congresso de DJs – corresponda ao retorno do despesismo público. É neste ambiente lingrinhas que iremos decidir o nosso futuro até 2019.

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