Há 115 anos, num Verão no seu apartamento de um primeiro andar em Berna, Einstein escreveu quatro artigos científicos que mudaram o mundo. Começou a imaginá-los durante outro Verão, quando era adolescente, no topo da bota que recorta a Itália no mapa. Muitas décadas depois, o físico italiano Carlo Rovelli, então jovem universitário, começou a sonhar com uma nova teoria da gravitação quântica no decurso de um Agosto com a família na Calábria, na ponta da mesma bota. Agora que Tenet de Christopher Nolan recoloca a Física Quântica no coração da cultura pop - sem a quântica não existiriam transístores, e sem eles a tecnologia moderna seria impossível - podemos olhar para o mar como Einstein e Rovelli e fazer o mesmo: sonhar. Porque a ciência é uma forma de ver o mundo como ele nunca antes foi visto, e para isso a imaginação é decisiva.

Molusco

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