Sábado – Pense por si

Pedro Marta Santos
Pedro Marta Santos
22 de outubro de 2019 às 09:00

A doce campa do tempo

O tempo parece simples: passado; presente (esse presenteia-nos pouco, fixamo-nos mais na certeza enganadora do que foi e na esperança de algo que não existe, o futuro); e o mais difuso dos tempos, o que acontecerá. Ou talvez não

O tempo é a única coisa que não temos tempo para pensar. Não é só o tempo subjectivo, como os dias distendidos, desesperantes, da espera dos resultados de um exame do qual pode depender a vida ou a morte (no espectro da morte, a subjectividade do tempo pouco importa). E o tempo ínfimo mas eterno, que emolduramos, do momento do beijo da primeira paixão na adolescência. Ou o longuíssimo tempo na educação de um filho – um dia, ele há-de desiludir-nos, e nós a ele; mas temos tempo para isso. O tempo parece simples. Passado. Presente (esse presenteia-nos pouco; fixamo-nos mais na certeza enganadora do que foi e na esperança de algo que não existe, o futuro). E o mais difuso dos tempos, o que acontecerá. Ou talvez não.

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