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José Pacheco Pereira
A lagartixa e o jacaré

Portugal visto de longe e de perto (2)

18-03-2016 por José Pacheco Pereira
Por muito que fisicamente Xangai seja mais do que “impressivo”, eu não passarei do que li nestes dias nos jornais locais, em inglês, o que já é um “mas”, e do que sei, como antigo maoista, da história do comunismo chinês, e da história da China desde o início do século XX, mais ou menos actualizado para a China dos dias de hoje
  • 480
1. Com Macau para trás, chego à China, de que Macau é um "território" muito especial. Mas, como em Hong Kong, não há nenhuma dúvida sobre quem manda por cá, sem ambiguidades e à força se for preciso. Deixámos algumas coisas em Macau, no direito em particular, mas na economia do jogo e da corrupção consentida ou punida, não há direito que valha. As regras são outras, como aliás sempre foram na atribulada história chinesa do presente e do último século.

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2. A história que Lévi-Strauss, cito de memória, contava a propósito dos antropólogos que chegavam a uma tribo desconhecida e uma semana depois sabiam tudo sobre ela, para, depois de dois ou três anos de estudo, perceberem a imensidade das asneiras de que estavam convencidos, aplica-se muito bem ao viajante ocasional que passa uns dias ou semanas num sítio que desconhecia e subitamente é capaz de tirar as mais taxativas das conclusões. Não quero fazer o mesmo papel, embora haja sempre um risco pela força das "impressões", e quanto mais diferentes e exóticas, mais fortes.

3. Por isso, por muito que fisicamente Xangai seja mais do que "impressivo", eu não passarei do que li nestes dias nos jornais locais, em inglês, o que já é um "mas", e do que sei, como antigo maoista, da história do comunismo chinês, e da história da China desde o início do século XX, mais ou menos actualizado para a China dos dias de hoje. E um maoista dedicado sabia algumas coisas, umas verdadeiras e muitas falsas. Sabia também que muitas das falsas eram mesmo falsas, mas o que contava era a "intenção". Esta é uma forma perigosa do comportamento intelectual, mas a época prestava-se.

Como a minha estada coincidiu com um importante debate político e económico na reunião magna do PC Chinês, dominada pela quebra do crescimento económico da China, vive-se um momento esclarecedor da vida chinesa. As exportações travaram, e muito, mas mesmo com taxas de crescimento mais baixas, a economia chinesa (e com o seu peso na economia mundial), como diz Xi Jinping com um certo tom de justificação, "continua a crescer".

Continuar continua, mas os problemas acumulam-se e a resposta do PC Chinês a eles faria muito felizes os nossos "neoliberais", que bem podiam pôr Hayek e Friedman num pedestal ao lado de Xi Jinping, o que de certo modo fizeram quando venderam (e vendem) aos chineses algumas companhias estratégicas nacionais. Como disse um deputado trabalhista inglês ao ministro das Finanças de Cameron, numa notável cena do Parlamento, faziam bem estudar as Citações do Presidente Mao.



4. Mas há coisas que posso dizer com mais segurança e sem correr o risco de que falava Lévi-Strauss. Por exemplo, livrarias e como elas são o espelho de uma parte da sociedade, eu sei ver. Já vi centenas em todo o mundo, mesmo no interior do mundo do Islão popular, onde não há turistas, em pequenas aldeias alemãs e na Rússia, na Indonésia, do Canadá a Poitiers, de Oxford a Maputo, em Nova Iorque e no Nebraska, e as livrarias "falam". É uma parte do mundo, muito peculiar, mais ou menos importante conforme os países e o papel do livro em cada sociedade, e da riqueza ou da pobreza que existe.

Ora, visitando livrarias em Xangai e tendo uma noção sobre o que são os livros de não-ficção, particularmente em chinês, alguns dos quais têm títulos bilingues, e as publicações em inglês disponíveis, há um enorme buraco no século XX, e a história do PC Chinês permanece "sensível", como a de algumas das suas principais personagens como Mao Zedong e os actuais líderes. E aí percebe-se a falta da liberdade efectiva, que explica o caso dos "editores desaparecidos" de Hong Kong.

5. Um dos objectivos da minha viagem, além de conferência e intervenções mais ou menos académicas, era contactar esses editores e as suas livrarias-editoras e recolher documentação para o meu arquivo, em conjunto com o que ainda sobrevivesse do Umbrella Movement, a mais importante contestação ao poder chinês ocorrida em Hong Kong. E tive algum sucesso, mesmo quando o que encontrava era uma porta de aço gradeada, na mais estranha localização, num andar esconso e sujo de um prédio popular, ocupado por lojas de arranjar unhas, e de massagens aos pés, numa escada íngreme onde os fios eléctricos "escorrem" de umas caixas vandalizadas. Não há nada à porta que indique a localização da editora, apenas reclames vibrantes em chinês das delícias corporais servidas nos vários andares. Mas…, há sempre um mas, nas paredes há uns recortes com a reprodução das capas dos livros "banidos" e que levaram os editores a desaparecer, nalguns casos para fora da China, e os que apareceram apressaram-se a queimar várias dezenas de milhares de livros, permanecendo silenciosos sobre o que lhes acontecera. Estava no sítio certo.

6. Deste ponto de vista, Hong Kong ainda é o "sítio" de vanguarda para a resistência ao poder do PC Chinês. Ainda há pelo menos uma pequena livraria que se gaba de manter os livros à venda, e alguns chegam às bancas de rua, onde são comprados pelos chineses do "continente", que os levam às escondidas ou os lêem em Hong Kong para não terem problemas. Comprei vários dos livros, que não poderei ler porque só existem em chinês, mas que são um documento histórico da frágil fronteira da liberdade. Parece que os livros são muito tablóides e "denunciam" histórias de promiscuidade entre os governantes chineses e algumas estrelas televisivas, e casos de corrupção, mas não é isso que está em causa, a partir do momento em que são proibidos, perseguidos e atacados os seus editores. Em Hong Kong, os sectores democráticos tomam muito a sério o que se passa, embora haja muita indiferença ocidental. 

(Continua.)

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