Sábado – Pense por si

Leonor Caldeira
Leonor Caldeira Advogada
05 de março de 2025 às 23:00

12 meses não chegam para denunciar uma violação

Quanto dessa necessidade de reserva advém da vergonha, nos casos de violação e num contexto de uma sociedade patriarcal, recair sobretudo na vítima? Como Gisèle Pelicot afirmou, a vergonha tem de mudar de lado.

QUALQUER JURISTA ATENTO sabia que a queixa de Liliana Cunha tinha os dias contados. A notícia do arquivamento “pelo facto de a queixa ter sido apresentada mais de um ano após o alegado crime ter ocorrido” era, desde o início, uma inevitabilidade. Ainda assim, fez bem Liliana Cunha ao ilustrar a tremenda injustiça que é o facto de a violação não ser crime público.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
GLOBAL E LOCAL

A Ucrânia somos nós (I)

É tempo de clarificação e de explicarmos às opiniões públicas europeias que sem Segurança não continuaremos a ter Liberdade. A violação do espaço aéreo polaco por parte da Rússia, com 19 drones, foi o episódio mais grave da história da NATO. Temos de parar de desvalorizar a ameaça russa. Temos de parar de fazer, mesmo que sem intenção, de idiotas úteis do Kremlin. Se não formos capazes de ajudar a Ucrânia a resistir, a passada imperial russa entrará pelo espaço NATO e UE dentro