Sábado – Pense por si

João Pereira Coutinho
João Pereira Coutinho Politólogo, escritor
04 de setembro de 2024 às 23:00

Chumbo grosso

As eleições não interessam a ninguém, diz-se por aí. Corrijo. Eleições não interessam a ninguém, até começarem a interessar. Se lá chegarmos, aplica-se às crises políticas o mesmo raciocínio que Hemingway aplicou à bancarrota: começa gradualmente, e depois subitamente.

AFINAL, o “optimista irritante” é Marcelo Rebelo de Sousa. Quando se aproximam momentos cruciais para a política portuguesa, é vê-lo sorridente e esperançoso, sem nunca admitir a possibilidade de um desastre. Em 2021, o Presidente só tinha “um cenário na cabeça”: a aprovação do Orçamento para o ano seguinte.

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Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.