Mas, afinal, Trump quer tarifas ou não quer tarifas? O Presidente dos EUA ameaça esmagar a China com taxas alfandegárias e diz que isso é "tornar a América grande outra vez". O Presidente dos EUA encontra-se com o homólogo chinês, recua gloriosamente nas tarifas ao rival e declara enorme vitória. Aconteça o que acontecer, Trump autointitula-se vencedor do que ocorre. Porquê? Porque pode.
Então, afinal, Trump quer ou não quer tarifas? O encontro de Busan, na Coreia do Sul, foi mais um momento TACO -- "Trump Always Chickens Out" (Trump acaba sempre por borregar, por se acobardar). Depois de semanas e meses a prometer esmagar a China com tarifas, Donald esteve pessoalmente com Xi Jinping (não acontecia há seis anos, desde Osaka, a meio do primeiro mandato) e anunciou "enorme vitória", um "12 numa escala de 0 a 10", por ter aceitado trégua de um ano na guerra comercial e antecipado já uma redução de . A taxa alfandegária de 100% com que Trump tinha ameaçado os chineses nos dias anteriores ao encontro, a somar aos 30% já em vigor, foi esquecida. A China concordou em fazer uma pausa de um ano nos controlos de exportação das terras raras e dos semicondutores. Pelo mesmo período os EUA acordaram em suspender o travão à venda de bens tecnológicos. A taxa adicional sobre as importações chinesas relacionada com o fentanil, que estava nos 20%, foi reduzida para metade, pelo que, tudo somado, a tarifa média sobre bens chineses se ficou pelos 47%. Guerra comercial adiada é uma boa notícia? Claro que sim. Mas volto à pergunta: as tarifas não eram um instrumento fantástico para a política de Trump? Em que ficamos? Assim é fácil declarar vitória.
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Ficaram por ali hora e meia a duas horas, comendo e bebendo, até os algemarem, encapuzarem e levarem de novo para as celas e a rotina dos interrogatórios e torturas.
Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.
Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.