Sábado – Pense por si

Eduardo Dâmaso
Eduardo Dâmaso
06 de setembro de 2018 às 05:30

Podem esperar sentados

Rui Rio regressou das férias e o País não estremeceu. Mas a mensagem deixada aos críticos é uma clara delimitação de fronteiras. Não pensem que deixará o mandato a meio e que se vai embora. Só os eleitores têm tal poder.

Rui Rio regressou e quase foi mais notícia pelo estilo de jogador da bola do que pelo que disse no discurso do Pontal-que-já-não-é. Na verdade, futebóis à parte, Rio passou um Verão inteiro a fritar na grelha dos críticos e, ao chegar, também pode ser criticado pelo pouco que disse sobre o Governo e António Costa. Superou tudo isso, no entanto, com duas verdades incontornáveis em matéria política. A primeira é que, em fim de Agosto, com o País a sair de banhos e os grandes da Liga de futebol em campo, não há grande disponibilidade para ouvir discursos políticos muito dramáticos ou tão só um pouco mais assertivos. Não seria pelo que dissesse no Pontal que Rio iria conquistar os eleitores necessários a uma vitória retumbante nas eleições a realizar daqui por um ano. Embora fosse importante, claro, deixar as linhas essenciais para as batalhas que se avizinham, desde logo sobre o regresso às aulas, a greve dos professores, o Orçamento de Estado. Se for coerente com a promessa de luta a António Costa ali deixada, Rio estará a arregaçar as mangas para o combate. Vamos ver.

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