Sábado – Pense por si

Eduardo Dâmaso
Eduardo Dâmaso
09 de novembro de 2023 às 07:00

Obviamente, ele iria demitir-se

Costa fica como um antigo ministro da Justiça impecável, mas como um primeiro-ministro que não conseguiu controlar o seu tempo de saída. Deveria estar a sair agora, em glória, depois de dois mandatos, eventualmente a caminho de um cargo europeu. Não com a amargura de ter sido quase demitido por “um comunicado do gabinete de imprensa da PGR”.

A demissão de António Costa, não sendo previsível pelo motivo que a concretizou, é o desfecho esperado na pessoa que a protagonizou. António Costa pode ter muitos defeitos mas há um património que lhe é irrecusável: foi um dos melhores ministros da Justiça até agora. É mesmo, nos dias que correm, um dos raros políticos que sabe o que é – e o que custa – respeitar e materializar a separação e interdependência dos poderes.

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