Eduardo Cabrita transformou-se no passageiro do vírus da arrogância, que pode ser fatal a um PS em plena campanha. A um PS que já foi, em parte, amassado nas autárquicas por uma soberba do mesmo género.
O lugar de ministro da Administração Interna é, desde sempre, uma espécie de cadeira eléctrica, independentemente da habilidade política, inteligência ou competência do ocupante (ou passageiro) do lugar. É um ponto sensível de exercício do poder de Estado numa das suas componentes mais delicadas, onde se traça uma das fronteiras entre democracia e ditadura, entre liberdade e controlo social. É aqui, a par da Defesa, que o Estado pode exercer o seu monopólio clássico sobre a violência, transformando-o num alicerce de segurança para o País e a colectividade, para os cidadãos. Espera-se de um ministro da Administração Interna que seja um produtor de confiança, de respeito pela legalidade e pelos princípios básicos de um Estado de Direito Democrático. Que sossegue os seus concidadãos através de uma boa gestão das forças policiais, que não fique refém de obscuros interesses que, por vezes, atravessam as profundezas dos bastidores políticos para transformar o poder próprio do aparelho repressivo do Estado num instrumento de pura delinquência.
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Agora, com os restos de Idan Shtivi, declarado oficialmente morto, o gabinete do ministro Paulo Rangel solidariza-se com o sofrimento do seu pai e da sua mãe, irmãos e tias, e tios. Família. Antes, enquanto nas mãos sangrentas, nem sequer um pio governamental Idan Shtivi mereceu.
Na Europa, a cobertura mediática tende a diluir a emergência climática em notícias episódicas: uma onda de calor aqui, uma cheia ali, registando factos imediatos, sem aprofundar as causas, ou apresentar soluções.
"Representa tudo o que não sei como dividir. As memórias, os rituais diários, as pequenas tradições. Posso dividir móveis e brinquedos, mas como divido os momentos em que penteava o cabelo da Ema todos os dias enquanto ela se olhava no espelho?"
No meio da negritude da actualidade política, económica e social em Portugal e no resto do Mundo, faz bem vislumbrar, mesmo que por curtos instantes, uma luz.