A raiz do mal é mais o que a Itália é hoje, uma economia altamente endividada e um país subsidiado, viciado em fundos comunitários, sem capacidade de enfrentar os problemas de segurança. Sem soluções para uma vaga continuada de quase 1 milhão de imigrantes, deixando crescer a xenofobia.
A primeira vez que passei férias em casa da família Giugliano, os meus irmãos napolitanos de Itália, foi no verão de 1985. Por esses anos da minha quase adolescente vida italiana, digamos assim, tive o privilégio de receber a hospitalidade napolitana, conhecer a cidade, a região, todo o país. Uns anos mais tarde, no início da década de 90, pontificava uma curiosidade inexpressiva mas simbólica na política italiana. Tinha sido eleita para o parlamento Alessandra Mussolini, estrela emergente do Movimento Social Italiano (MSI), partido fascista inspirado no seu avô. Nada de muito surpreendente, numa Itália onde sobrevivia uma pequena franja eleitoral de saudosistas do velho fascismo. Alessandra, então a ganhar a vida como modelo, e o MSI tinham poucos votos, eram vistos como uma curiosidade arqueológica. Mais tarde, Mussolini seria recebida, como Giorgia Meloni, de braços abertos por Silvio Berlusconi, o grande criador, a par da histórica desunião da esquerda, da fusão entre a direita liberal e a extrema-direita, com uns ingredientes de crime pelo meio, através das cumplicidades do velho crocodilo com a máfia siciliana.
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O senhor Dr. Durão Barroso teve, enquanto primeiro-ministro, a oportunidade, de pôr as mãos na massa da desgraça nacional e transformá-la em ouro. Tantas capacidades, e afinal, nestum sem figos.
Frank Caprio praticava uma justiça humanista, prática, que partia da complexa realidade. Por isso, era conhecido ora como "o juiz mais gentil do mundo", ora como “o melhor juiz do mundo”.
É de uma ironia cruel que as pessoas acabem por votar naqueles que estão apostados em destruir o Estado Social. Por isso mesmo, são responsáveis pela perda de rendimentos e de qualidade de vida da grande maioria dos portugueses e das portuguesas.
“Majestade, se for possível afogar os 6 ou 7 milhões de judeus no Mar Negro não levanto qualquer objecção. Mas se isso não é possível, temos de deixá-los viver”.