Eduardo Dâmaso
Eduardo Dâmaso
16 de julho de 2020 às 05:30

Lágrimas por Mexia

Um numeroso exército na opinião publicada discute o juiz e não essa bizarria de termos uma grande empresa e o seu CEO suspeitos de comprarem um ministro da República

Nos últimos dias tem sido comovente a escrita lacrimejante de colunistas, jornalistas e quejandos por António Mexia. Compreende-se. A EDP e António Mexia, há 14 anos no cargo, um homem que é em si uma sobrevivência do "Ancien Regime" teoricamente caído em 2014 com a derrocada do GES/BES, são vértices de um enorme poder. Para a esmagadora maioria dos media são mesmo um poder quase de vida ou morte, tal é o peso da EDP enquanto investidor publicitário, porventura apenas equiparável ao que antes tinha a PT e, de resto, com os resultados conhecidos no tempo de Sócrates, cujos sicários punham e dispunham do bolo a bel-prazer para premiar amigos e matar inimigos. Mas a vida é o que é e não seria agora que me iria esconder atrás de um biombo de conveniências, por muito legítimas que sejam, para não escrever o que penso.

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