Sábado – Pense por si

Eduardo Dâmaso
Eduardo Dâmaso
15 de outubro de 2019 às 21:12

António Costa joga pelo seguro

Primeiro-ministro reforçou o núcleo político, puxando para ministros de Estado nomes da sua total proximidade e confiança – Pedro Siza, Santos Silva, Maria Vieira da Silva e Mário Centeno - e promoveu promoções pontuais

Não é um trocadilho a puxar por uma velha rivalidade socialista. É mesmo uma síntese sobre a constituição do novo-velho governo apresentado hoje por António Costa ao Presidente da República. Reforçou o núcleo político, puxando para ministros de Estado  os nomes da sua total proximidade e confiança – Pedro Siza, Santos Silva, Maria Vieira da Silva e Mário Centeno - , promoveu promoções pontuais e, para as estreias, apostou forte nas mulheres. O primeiro-ministro jogou pela previsibilidade dos perfis mais próximos, pela segurança da coordenação política num tempo em que se avizinham combates duros, pelo reforço de Mário Centeno e das contas certas. Mesmo nas estreias como ministros não se aventurou. Novidade, novidade, apenas Ana Abrunhosa e Ricardo Serrão, o novo ministro da Agricultura.

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Adeus, América

Há alturas na vida de uma pessoa em que não vale a pena esperar mais por algo que se desejou muito, mas nunca veio. Na vida dos povos é um pouco assim também. Chegou o momento de nós, europeus, percebermos que é preciso dizer "adeus" à América. A esta América de Trump, claro. Sim, continua a haver uma América boa, cosmopolita, que gosta da democracia liberal, que compreende a vantagem da ligação à UE. Sucede que não sabemos se essa América certa (e, essa sim, grande e forte) vai voltar. Esperem o pior. Porque é provável que o pior esteja a chegar.