Sábado – Pense por si

Nuno Tiago Pinto
Nuno Tiago Pinto
17 de maio de 2023 às 20:00

Um partido vazio de ideias e de pessoas

No primeiro ano como presidente do PSD, Luís Montenegro foi incapaz de definir o que o partido representa, de enumerar um conjunto de bandeiras agregadoras ou de mostrar de forma clara e simples o que poderá fazer uma vez chegado ao poder.

Ao longo dos anos instituiu-se a ideia de que a oposição não ganha eleições: os governos é que as perdem. Segundo esta lógica, ao líder do maior partido da oposição basta estar no sítio certo à hora certa para, mais tarde ou mais cedo, o poder lhe cair ao colo. Terá sido mais ou menos essa a estratégia de Luís Montenegro: esperar, pacientemente, que o processo de autodestruição em curso no Governo levasse ao voto útil no PSD nas próximas eleições. O problema é que esta regra não escrita tem uma nuance: os governos podem perder as eleições mas, para o poder lhe cair no colo a oposição tem de, pelo menos, existir. E o PSD, como maior partido da oposição, e o seu líder não existem.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
Tópicos Editorial 994

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.